Tribuna Ribeirão
Geral

Larga Brasa

Pó de mico no salão
Na periferia da cidade vários eventos carnavalescos eram reali­zados com patrocínio dos clubes mais humildes, mas que eram a forma de os menos aquinhoados pela sorte se divertirem. As brincadeiras mais engenhosas ou não aconteciam em meio a festivais da cachaça misturada com jurubeba (que acreditavam ter poderes afrodisíacos) e os sanduiches de mortadela salpi­cada de queijo. Muitas brigas aconteciam, mas eram prudente­mente apartadas pelos seguranças que eram conhecidos pelo apelido de “armários de portas abertas” dadas às dimensões do corpanzil. Ora alguns puxavam as saias menos seguras presas com alfinetes que deixavam as moçoilas envergonhadas e outros tipos mais Havia uma musica que chamava a atenção da Polícia, que sempre dava uma passadinha pelos locais catalo­gados para que os patrulheiros comessem um franguinho na panela e outros quitutes feitos pelo pessoal do bairro.

Pó de mico
Alguns ‘de menores’ que tinham mais medo do Della Rosa e da Carolina, a “Pingo”, encarregados das ações do Juizado de Me­nores armaram uma brincadeira em um dos mais movimentados salões dos Campos Elíseos. Hão havia ar condicionado naquela época, mas ventiladores enormes que davam as condições de “secarem o sovaco” daquele que estava cantando e dançando a não mais poder, ali com algumas cervejinhas e salgadinhos mais elaborados. Os jovens coletaram os tijolos feitos com uma arga­massa que produzia vermelhidão e coceiras intoleráveis e tritura­ram o material deixando-o a pó. De forma sutil, passava um pelas proximidades de um dos grandes ventiladores e vap… jogava o pó guardado em um saquinho de papel. Os outros fizeram o mesmo nos outros ventiladores. A orquestra tocava com ênfase . Os fo­liões , com afinco, jogavam as energias por conta do Rei Momo e de sua Corte . Sempre passavam por ali na madruga.

Coça, coça desesperado
Os dançarinos começaram a sentir os ardores e a coceira frenética. Um coçava de um lado o outro do outro e dali a pouco todos esta­vam se coçando e reclamando com a orquestra, da orquestra, e da diretoria do clube. A bebida que já estava fazendo efeito produzia outras consequências. Quando menos se esperava o salão inteiro estava em polvorosa com algumas brigas. Foi difícil de os “papa frangos’ apartarem. Mas conseguiram. Não determinaram quem havia feito a brincadeira de mau gosto Chamaram a Carolina, o Della Rosa, mas nada de descobrir. Pegaram alguns para “pagarem o pato”, mas não dedaram quem realmente ou foram os autores. Tudo ficou por conta do carnaval e ,por sorte, do Rei Momo que não compareceu. E a musica carnavalesca continuou entoando pela madrugada: “Vem cá seu guarda , prenda este moço. Ta no salão brincando com pó de mico no bolso. Foi ele, foi ele sim. Foi ele que jogou o pó em mim. O salão ficou conhecido como o “Salão do Pó”. Não existiam outros tipos de pó naquela época.

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