O Guarda Boschin
Em uma época que se distancia no calendário, tínhamos em Ribeirão Preto algumas figuras respeitadíssimas nos mais variados rincões da comunidade. Os nomes de tais autoridades impunham respeito por medo ou admiração. Uma delas era a “Pingo”, a Carolina do Juizado. Outro personagem era o Della Rosa, do mesmo setor da Justiça. Em qualquer lugar, por mais afastado que fosse e que tivesse um “de menor” desrespeitando aos mais velhos, furtando ou cometendo algum crime, era só citar os nomes destas pessoas, principalmente a “Pingo” e tudo se acertava. Ninguém se atrevia a invadir áreas se não fosse com anuência da prefeitura dada pela Carolina, que tinha o auxílio do Della Rosa.
Boschin
Outro que era respeitadíssimo, que não transigia era o Guarda Civil Boschin. Com sua Lambreta percorria as ruas da cidade e lavrava multas e apreendia veículos dirigidos pelos imberbes não habilitados. Flagrava violações das sinalizações de trânsito e corria atrás dos infratores até alcançá-los para entregar a notificação no ato. Era cortês, mas inflexível, lhano no trato, mas não tergiversava. Sobre este policial havia uma série de fatos e outros fakes da época. Era de uma garra incrível no combate aos que desrespeitavam a lei.
Multou-se
Certa feita ele estava perseguindo na rua São Paulo dois menores que “aprontaram” no Centro da cidade. Eles adentraram a rua Capitão Salomão, na contramão, bem defronte ao Necrotério da Santa Casa. Muitas pessoas que velavam um falecido acompanharam a ação e cobraram do guarda pelo fato de ele também ter avançado na contramão. Boschin não teve dúvidas. Parou a sua lambretinha, sacou o talão de multas e se aplicou a multa. Ato contínuo mostrou aos que o haviam cobrado o auto de infração. Foi um dos fatos a ele atribuídos que demonstravam sua idoneidade e isenção. Bons tempos…