Tribuna Ribeirão
Geral

Larga Brasa

Governador esfregava o polegar no indicador
Ribeirão Preto teve uma figura ímpar que sempre defendeu a solução de nossas carências junto aos setores estaduais e federais. Luiz Augusto Gomes de Matos, filho de Camilo de Matos, chegou a assumir a prefeitura da nossa cidade por um período, mas procurou atender às reivindicações de nossa po­pulação nos mais altos postos que ocupou nos governos da época. Residia no Casarão da Tibiriçá com Duque de Caxias, local em que os políticos e administradores se reuniam para tratar dos destinos da então “Capital do Café”.

Banco do estado
Em determinada ocasião em que assumiu a presidência do Banco do Estado nos convidou para acompanhá-lo em recep­ção que seria oferecida ao governador Adhemar de Barros, em Jaboticabal. Além de ser uma viagem política, o popular político iria se reunir com o bispo da cidade e atender a uma reivindicação de entidade de serviço de interesse comunitário, solicitação do responsável pela paróquia e adjacências.

Recepção
A praça central de Jaboticabal estava completamente lotada. À época, a visita de uma autoridade era motivo de júbilo por parte da população e todos se juntavam para aplaudir ao visi­tante. Diante da igreja houve necessidade de a polícia colocar cordões de isolamento. Famílias se reuniam e todos ávidos por um cumprimento da autoridade, no caso o governador do Estado. Em dado momento, eis que surge uma camioneta com a autoridade e os “papagaios de pirata” – políticos que se aco­tovelam logo sobre os ombros dos visitantes para que fiquem bem nas fotos e não haja possibilidade de cortar os filmes para alijá-los dos eventos. Coisas daqueles tempos (e destes).

Esfregando o polegar no indicador
Luiz Augusto estava ao nosso lado e com seu terno branco e sapatos claros ficava bem visível o que estava em cima da caminhoneta repleta de “puxas sacos”. Ele nos alertou: “Ele está me procurando, como presidente do banco preciso dar a verba para ele entregar à entidade do bispo”. Efetivamente, Adhemar o procurava com os olhos ávidos para ter resposta de Luizinho, como era chamado pelos amigos. Quando o avis­tou, ele esfregava o polegar no indicador enquanto abanava a mão para a população. Luizinho batia com a mão no bolso para que ele ficasse tranquilo que a verba estava ali com ele, no bolso. Por muito tempo o gesto pairou no ar.

Repórter não entra
Logo após a recepção na praça acompanhamos o presiden­te do Banespa até o local da reunião, em que somente Luiz Augusto pôde entrar. A reportagem ficou de fora. O assunto era para outra esfera. Mas Luiz Augusto Gomes de Matos é alguém a quem Ribeirão Preto deve muito em sua história e memória. Meninos, eu vi…

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