Câmara de outros tempos
Na Câmara Municipal de outros tempos alguns fatos ocorreram e podem constar nos anais da história da cidade. Certa feita, um jovem cidadão foi eleito com a maior votação dos eleitores e por tal motivo deveria dar posse ao prefeito, vice-prefeito, aos vereadores e depois proceder à eleição da Mesa do Legislativo. Como sempre acontece nas eleições “camarísticas”, o local fervilha de candidaturas e tentativas de cooptação dos votos. Naquela oportunidade havia um candidato escolhido pela maioria, mas dependia de dois votos que eram vistos quando as cédulas abertas chegavam à Presidência interina. Um mais maquiavélico edil havia preparado um tipo de ação, no caso de os dois votos não serem computados pelo candidato escolhido. Se isto acontecesse, o jovem recém-eleito deveria rasgar uma folha de papel. O candidato ungido deveria cair desmaiado no fundo da Sala das Sessões e depois de chegar ambulância, etc., seria refeito o esquema. Tudo certo, menos com o acordo do presidente. Quando chegaram os votos estavam de conforme com o combinado. Não houve necessidade de se proceder ao ato insólito, mas que o jovem teve a tentação de fazê-lo só para ver o colega cair, isto teve. Foi tudo de acordo com o figurino…
Secretário com dificuldade
Um vereador eleito secretário da Mesa Diretora dos trabalhos tinha dificuldade de leitura, pois era trabalhador, bastante esforçado, mas não tinha escolaridade mais avançada. Lia os requerimentos e projetos tropeçando nas letras e claudicando nas vírgulas. Um outro vereador, mais culto, resolveu brincar com o colega e elaborou um requerimento de congratulações com uma contratação do prefeito e no texto colocou uma frase em inglês, que o funcionário fazia jus ao dito: “The Right Man, in the Right Place”. “O Homem Certo, no Lugar Certo”. O secretário empacou no “The Right” e aí resolveu protestar: “Senhor presidente, esta secretaria protesta, pois não é obrigada a saber latim”. Risos gerais…