Tribuna Ribeirão
Geral

Larga Brasa

A ESPERTEZA DO ADVOGADO
Há nos, em uma vizinha cidade um vizinho bem postado social­mente matou outro por questões banais. O crime abalou a cidade pois a amizade entre os moradores era uma virtude declamada em prosa e verso. Policia investigou, Instituto Medico Legal pro­cedeu às análises pós morte e realmente o autor estava identifi­cado , qualificado e preso. Comoção geral. Tanto a vítima quanto o indiciado eram muito bem relacionados e ninguém entendia as razões do crime. A Justiça marcou a data do Juri Popular em que o autor do crime deveria ser julgado e pagaria a sua pena. Ninguém apostaria em receber uma sentença livrando o réu.

CONTRATAÇÃO DE FAMOSO ADVOGADO
Um famoso advogado de Ribeirão Preto foi contratado para ajudar a Promotoria a fazer o libelo acusatório, além de uma estagiária filha da vitima. O quadro da acusação estava perfei­to, segundo os entendidos.

DEFESA SIMPLES
Um advogado principiante da própria comuna foi contratado para defender o réu, pois era voz corrente de que nada adian­taria gastar dinheiro pois o autor do homicídio já estaria con­denado pela voz do povo.

FORUM LOTADO
Poucos homicídios haviam ocorrido na pequena cidade. Os crimes não aconteciam pois todos eram amigos, parentes, etc. As famí­lias tradicionais estavam sentadas, outras em posições menos cômodas , mas a lotação era total. Não cabia mais viva alma. O MM. Juiz iniciou a Sessão do Juri dentro das formalidades legais e depois deu a palavra ao Ministério Publico depois da oitiva de tes­temunhas , etc. O Promotor muito não falou, deixou para o grande advogado e tribuno de Ribeirão fazer enunciado, a dissertação e a peroração. Notava-se que o profissional não estava muito inteira­do dos meandros do processo. A estagiária, filha da vitima estava com mais vigor e com mais fluência que o grande tribuno. A defe­sa se esforçava em pegar algumas falhas do auxiliar de acusação para fazerem seus os argumentos que escapavam. E assim acon­teceram os debates que se encerraram na madrugada.

O REU SAIU LIVRE
Contrariando aos autos, aos argumentos da acusação e base­ado no iniciante advogado caipira da cidade onde os fatos se sucederam o réu saiu livre por 7 a 0. Foi um escândalo. A famí­lia da vítima se reuniu na casa onde o falecido residia e foram colocadas as cadeiras ao redor da sala e todos com caras e bocas de desaprovação se sentaram aguardando o advogado que deveria buscar o seu graúdo dinheiro do serviço que , se­gundo os familiares, não havia sido bem feito.

CLIMA DE VELÓRIO
Quando o velho raposão advogado chegou ninguém dava um pio. Neste instante uma cunhada da vítima gritou com todos os pulmões que era uma injustiça e que a estagiária havia feito melhor acusação que o próprio e experiente profissional. Ele to­mou um fôlego e, de dedo em riste, foi para cima da reclamante insatisfeita e bradou, alto e bom som: “De nada adianta a se­nhora mandar recados para mim para não fazer recurso. Não sei das razões que a senhora quer que eu pare o processo. Eu vou fazer o recurso quer a senhora queira quer a senhora não queira”. Neste instante todos se viraram contra a reclamante , pensando tratar-se de uma verdade do matreiro advogado. To­dos fizeram coro com suas palavras: “Vamos fazer o recurso”, A cunhada , sem bem entender o que estava acontecendo e sendo depositária do dinheiro a que o profissional teria feito jus pa­gou-o .Em plena madrugada ele retornou a Ribeirão Preto com os bolsos plenos de cruzeiros e um recurso mequetrefe foi feito para “não dizer que não falei de flores” sem qualquer resultado prático. O algoz saiu livre e morto não reclama no cemitério.

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