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De pai para filho
Um trabalhador de grande empresa da grande cidade vislum­brou a possibilidade de ganhar mais dinheiro furtando co­legas e a própria empresa ao invés de pegar “no batente” e desenvolver suas atividades. Era um técnico qualificado em marcenaria. Começou a pegar dinheiro de alguns funcionários que guardavam seus pertences em armários nos vestiários e depois passou a vasculhar as bolsas para encontrar dinheiro e assim foi crescendo o seu patrimônio. Certa feita fizeram uma “campana”, isto é, ficaram de tocaia para verificar quem estava avançando no dinheiro dos trabalhadores da empre­sa. Pilharam-no flagrante delito e o enviaram para a cadeia. Aquele tempo o “amigo do alheio” ficava preso. Permaneceu na cadeia da rua Duque de Caxias e ali aprendeu com os mais experientes a “profissão”. Voltou para as ruas e começou a se utilizar de mixas para abrir portas de casas, etc. Foi novamen­te preso e quase morreu por pancadas que a vítima lhe aplicou em plena ação criminosa.

Casamento e filhos
Conheceu uma moça no bairro em que residia e mesmo com sua “capivara”, currículo criminoso, ela enfrentou o casamen­to. Foram anos de trabalho honesto e dedicado ao lar. Tinha um menino de 7 anos quando resolveu voltar para as ruas no crime. Não colocou o moleque na escola e foi mostrando para o pequenino como ele deveria agir para “ajudar o pai”. O meni­no era magrinho, bem franzino e ele quebrava um vidro de ja­nela ou vitrô e o garoto entrava pelo vão e ia direto para a por­ta indicada para o seu “comparsa”, o pai, para abrir. E assim foram agindo até que o menino foi pego em plena ação junto com o pai que o aguardava no corredor de uma residência.

De pai para filho
Na delegacia, 2º Distrito, o pai contou que educou o filho para furtar junto com ele e que ambos realizaram inúmeros furtos nos mais diferentes bairros da cidade. O menino foi ouvido pelo repórter, com todas as cautelas por ser menor, e disse abertamente que seu pai era excelente professor e que ele iria continuar no crime: “somos pobres, se tivermos conforto e bens para vivermos com tranquilidade mesmo que morrer em pouco tempo, vale a pena…”

Acidente de trabalho
Pouco tempo depois, o pai estava em cima de um telhado e caiu ficando com problemas graves e definitivos. A mãe en­viou o garoto para a escola e ele teve que aprender as letras e as lições, passando a trabalhar para ajudar a sustentar o lar. Nunca mais furtou e em nova entrevista garantiu que era mais tranquilo ser direito. E não se teve mais boletins com seu nome como responsável por qualquer crime. O pai morreu pouco tempo depois e o menino foi o esteio da casa.

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