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MULHERADA RUIM QUE DÁ DÓ
Um grupo de profissionais liberais, dos mais variados setores, re­solveu construir às margens de uma grande represa um rancho chique para diversão não convencional. Juntaram o dinheiro que sobrava no final de cada mês e foram rapidamente edificando uma grande casa com muitos quartos, grande sala, abrigo para barcos e outros adereços.

FESTAS NOS FINAIS DE SEMANAS
Os sócios do clube prive eram cuidadosos. Convidavam moçoilas das mais famosas casas das proximidades da grande casa ”De Irene”. Junto às famílias sempre tinham convenções, viagens a negócios e outras desculpas para encobrir as retumbantes festas que eram comentadas pelas formosas mulheres que as frequentavam.

O CASEIRO
Morava no referido rancho da grande represa um caseiro, homem quieto de pouco comentar que vivia como um ermitão na casa a ele destinada, de onde vigiava os barcos, jet ski se mesmo a privacidade do local. Era sempre prestativo e cozinhava como ninguém. Tinha como companheiro um cachorrinho, fiel cão que sempre o acompanhava. Ele a tudo via e nada comentava.

COBRANÇA DAS ESPOSAS
Certo dia uma das esposas efetivas de um dos executivos en­controu um talão de luz em seu nome de longínqua cidade que ao casal não pertencia. Ela, firme e forte, o cobrou e ele não teve outra forma de justificar senão com uma desculpa esfarrapada de que eles haviam adquirido o rancho e que iriam inaugurá-lo proximamente, para onde levariam somente as esposas para co­nhecer o paradisíaco local.

PREPARATIVOS PARA A FESTA OFICIAL
Os donos da grande casa combinaram os detalhes de como iriam se comportar como se fosse aquela a primeira vez que estariam visitando o local como se fora a inauguração e, portanto, queriam uma noite só com as esposas e não com as crianças.Tudo prepa­rado e foram em caravana para a distante cidade mineira.

EXIGENTES
As esposas verdadeiras eram exigentes e mandavam o caseiro limpar qualquer coisa que não as agradavam. Limpe aqui, retire o vaso daquele local, faça uma varredura no quintal e etc. O mineiro caseiro a tudo fazia sem reclamar. Elas achavam que era inaugu­ração mesmo, com direito a bolo e champanhe.

NO FINAL, O MINEIRO ESTRAGOU TUDO
Depois de todos os ‘entretantos’, nos ”finalmentes”, quando as mulheres estavam exigentes ao máximo, mansamente o mi­neirinho falou num desabafo: ”Senhores doutores em que casa de zona os senhores foram arrumar esta mulherada chata. As outras que vieram aqui em todos estes meses passados eram mais bonitas, mais magras e menos chatas”. Foi a gota d’água de divórcios e para outros problemas entre os casais sócios. O caseiro e seu cachorro ficaram vagando entre os ranchos abandonados da represa , ele sempre com um cigarro de palha entre os dentes, mas com a convicção que havia feito o certo. Acabaram se os congressos, viagens de negócios e etc. O mulherio da região sempre quando encontrava o caseiro perguntava quando seria a próxima festa. Ele dava de ombros e seguia com seu cachorro rumo ao infinito.

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