Tribuna Ribeirão
Geral

Larga Brasa

Conto do violino
No tempo do Dr. Renato Ribeiro Soares houve uma reclamação à Polícia Civil sobre um caso acontecido em uma pequena ci­dade próxima a Ribeirão Preto. Um comerciante afirmava que foi procurado por um estranho que se passava por “caipira” e que lhe mostrou um violino bem cuidado, brilhando depois de polido. Ele o deixou na guarda do sírio para que, se alguém se interessasse poderia vendê-lo por uma irrisória quantia. O respeitável cidadão da comuna onde todos se conheciam dei­xou o instrumento musical à mostra nas prateleiras, junto com sacos de arroz, feijão, macarrão, farinha, etc.

Atiçou a cobiça
Depois de alguns dias o sírio recebeu a visita de um cavaleiro que desinteressadamente, em fazendo outros negócios, per­guntou sobre aquele violino. O comerciante contou a história do “caipira” que o deixou lá para venda se alguém tivesse al­gum intuito de comprá-lo. O cidadão, com pinta de conhece­dor, buscou no interior do instrumento musical alguma coisa que o classificasse e viu um papel com a marca do mesmo. Seria um Stradivarius. Peça importante, rara e caríssima (o verdadeiro). O visitante lhe perguntou por quanto ele venderia. Ele não tinha ideia do valor e ficou de consultar o dono quan­do por ali ele aparecesse. O dito “especialista”, se arvorando em conhecedor, disse que valia muitos milhares de cruzeiros e que ele tinha interesse de comprá-lo.

Eis que o dono reaparece
Transcorridos alguns dias eis que o dono da peça de museu aparece dizendo que foi buscar o seu violino, pois lhe ha­viam dito que era valioso. O dono, visando ganhar em cima do instrumento musical disse que ficaria com o mesmo . O tal “caipira” redobrou as dificuldades e disse que venderia por muito dinheiro, bem abaixo do que o tal comprador oferecia. A transação faria com que sobrasse um bom “tutu” para o co­merciante. Ele comprou por valor absurdo, aguardando o outro “especialista” para revendê-lo. Este nunca mais apareceu e o comerciante ficou no prejuízo.

Dr. Renato
O delegado adjunto de nossa cidade, Renato Ribeiro Soares colocou-se a campo e descobriu a trama e os vigaristas. Pren­deu-os e os levou a pequena cidade da região. A pequena co­muna compareceu ao armazém do sírio e viu quando aquela autoridade colocou o violino na mão do seu proprietário e pe­diu para ele tocar. Não o fez, pois o tal instrumento não tocava nada, só vigarice. Foram para o Presídio da Duque de Caxias àquela época. Os presos de uma cela perguntavam aos das outras. Toca uma valsinha aí, cara. Ninguém tocava nada.

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