Dia do Pendura
Em anos passados os estudantes da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, conhecida com “Arcadas” (em alusão à sua arquitetura) – em que a história de São Paulo é contada com fatos que demonstram o amor dos estudantes às causas da população – se posicionaram contra o Governo Federal por não determinar a elaboração da Constituição do Brasil.
Alguns estudantes tombaram diante da opressão das tropas da República e o movimento se transformou em uma revolução denominada de “Constitucionalista”, comemorada no dia 9 de julho, que é feriado só no Estado de São Paulo, que muitos comemoram sem saber o real significado.
Os estudantes daquela Faculdade tinham como hábito no dia da formação do Diretório Acadêmico fazer o Dia do Pendura. Saiam grupos de jovens estudantes para os mais diferentes restaurantes da capital e depois de se fartarem das comidas que faziam parte do cardápio das casas famosas, diziam a frase que marcava o movimento: “COLOCA NO PENDURA”. Querendo dizer que iriam ficar devendo e iriam pagar no “Dia de São Nunca”.
Em Ribeirão Preto
Em Ribeirão Preto também os estudantes de Direito começaram a assim proceder. Em determinada semana do mês de agosto (semana em que se comemora a criação dos cursos jurídicos no país, no dia 11 de agosto) se dirigiam aos mais famosos restaurantes e depois de se alimentarem com as mais caras iguarias mandavam colocar no ‘pendura’ por conta da data. Um dirigente do Sindicato dos Empregados em Bares e Restaurantes e proprietários de restaurantes se reuniram, pois não estavam aguentando os prejuízos causados pelos estudantes no tal Dia do Pendura. Estudaram uma forma de não ofender ao movimento estudantil, mas de forma harmoniosa, resolveram fazer neste mesmo dia o Dia do Garçom, que era celebrado às margens do Rio Pardo na sede social do Sindicato. Não houve problema e os restaurantes e bares que abriam naquele dia sabiam de antemão que iriam ter estudantes fazendo o pendura. E assim se resolveu a questão em Ribeirão.