Tribuna Ribeirão
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Larga Brasa

Violência inexplicável
Em uma média cidade da região uma moça linda se preparava para o casamento. Sua beleza era exaltada por todos que a co­nheciam. Afável, estudiosa, prestativa, eram alguns atributos da jovem que naturalmente possuía um corpo escultural. Muitos jovens da sua faixa etária tentaram namorá-la, mas ela havia se proposto a se preparar para o casamento com um colega de escola, desde os primeiros anos de estudos. Eram companhei­ros inseparáveis, faziam lições em conjunto, passeavam, iam ao cinema e participavam de todos os folguedos na juventude e das tradicionais brincadeiras dançantes. Segundo a vizinhança, eram feitos um para o outro. Em uma oportunidade em que a jovem es­tudava para uma prova na casa de colegas, ao sair na madrugada para retorno à sua casa, foi abordada por um bandido com uma arma na mão que não queria valores, queria a essência da jovem. À força, depois de relutar ele a executou e procedeu à sanha de seus baixos instintos. Deixou-a inerte em uma avenida da cidade que embora estivesse crescendo, mantinha a sua tradição inte­riorana. Foi um abalo em todos os colegas e na cidade como um todo. A polícia se mobilizou, mas não conseguiu prender o algoz da linda garota. Consternados os amigos, vizinhos e membros da comunidade foram ao velório e acompanharam o féretro até a ultima morada da estudante que iria se casar com o colega. Ele estava chocado, em um misto de revolta e tristeza.

Acompanhou o enterro
O bandido acompanhou o enterro de sua vítima e retornou alta madrugada para o campo santo. Retirou o caixão com os restos mortais da menina moça e novamente colocou sua sanha anima­lesca aflorada em meio a uma inexplicável violência. Novamente a possuiu. Enquanto isso a polícia procurava se encontrar no ci­poal das interrogações. Percorreram todas as vertentes possíveis e imagináveis. Nada. Mais uma vez a comunidade foi aturdida pelos acontecimentos lamentáveis.

Fuga
O tarado, de longe, acompanhava a movimentação policial e sa­bia que a qualquer hora seria encontrado. Tomou rumo de Ribei­rão Preto pela estrada de Dumont. Em um hospital próximo viu uma enfermeira, cansada do trabalho noturno, se dirigir para seu carro. Cercou-a e com a mesma arma com a qual ameaçou a sua vítima que por ele foi morta, determinou que a cansada profissio­nal da Saúde dirigisse o próprio veiculo até o Centro de Ribeirão. A senhora, amedrontada concordou. Ao invés de se dirigir para o Centro, no meio do caminho, o marginal se embrenhou em um matagal e também violentou a mãe de família. Em seguida man­dou que ela voltasse para o carro e o transportasse até a área central. Ela, mesmo dentro das condições em que se encontrava, pegou a direção do automóvel e veio para a rodovia. Ao passar perto da antiga Febem ela viu um carro em direção contrária e jogou tudo para pedir socorro. Lançou seu veículo contra o outro e com impacto, ambos os veículos pararam no barranco. Os ocu­pantes do outro automóvel pegaram o bandido e atenderam aos apelos da enfermeira, imobilizando-o. Ele foi preso. No entanto, outro problema maior se apresentava. Ao analisar o sangue do tarado constatou-se que era aidético. Os colegas da profissional tentaram de todas as formas existentes impedir que ela fosse in­fectada. Ele foi para a cadeia de Vila Branca onde os colegas de cela o colocaram afastado.

Em carta, disse que estava arrependido
Na madrugada ninguém sabe e pouco se informou no inquérito. Ele resolveu se suicidar, como disseram. Deixou uma carta em que ele se dizia arrependido do que praticou. Ninguém disse nada e nem foi perguntado. Os colegas diziam que não haviam feito aquilo, que não sabiam e nem poderiam nada dizer. Alguns disseram: “Arrependimento ineficaz!”.

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