Tribuna Ribeirão
Geral

Larga Brasa

Mudando validade de produtos
Em um estado desta nação um tanto quanto distante de São Paulo, quando o Brasil estava se desenvolvendo economica­mente, um paulista de meia idade resolveu enfrentar o Sertão e as intempéries dos problemas do desabrochar dos novos tempos. Ele acreditava que colocando seu dinheiro em um su­permercado, quando ainda tínhamos vendas antiquadas teria como enriquecer. Era sabido, tinha formação em economia e tinha disposição para trabalhar. Investiu tudo que possuía em um grande supermercado que arrancava elogios do pesso­al mais simples que não conhecia aqueles pontos de venda diferenciados, com gôndolas, precificação nos produtos e a disposição dos mesmos para chamar a atenção da freguesia. Cada tipo de produto em um lugar específico sem dificulda­des. Tudo bonito, colorido e fácil de colocar em um carrinho. A clientela acorreu para a novidade. O dinheiro se acumulava nos cofres, retirados das registradoras modernas. O comentá­rio era de que havia sido o que melhor poderia ter acontecido para aquela pujante cidade.

Insaciável
No entanto, o comerciante era insaciável, queria sempre mais. Mesmo com as bênçãos dos padres e dos pastores da comu­nidade, que ele ajudava com despesas mensais com a con­trapartida das indicações dos fiéis, ele, à noite, desligava as geladeiras para economizar energia elétrica nos produtos de laticínios, sucos, etc. Pela manhã, a esposa já sabia. Ele de­veria levantar-se cedo e partir para o mercado para religar as geladeiras e não perder os produtos. Também ele se aprovei­tava e dava uma olhadinha na data de validade dos produtos e aqueles que estavam quase vencendo ele apagava e os vendia como novos – recém-chegados das fabricas. Não se impor­tava com os problemas estomacais causados em algumas crianças que tinham diarreias, etc. Mas, depois de tanto tempo fazendo o sacrifício de dormir cedo e acordar pela madrugada, cansou-se da esposa que o questionava sobre seu procedi­mento. Arrumou uma garota que era caixa do supermercado e liberou-a do sacrifício do trabalho, deixando-a em casa e na madrugada, depois de fazer suas sacanagens no supermerca­do, partia para a casa da amante.

Falhou nos cumprimentos dos deveres matrimoniais
Segundo a esposa, ele falhava nos cumprimentos de seus de­veres matrimoniais e ela junto com os filhos crescidos resol­veram acompanhá-lo em suas saídas madrugadeiras. Foram, pé ante pé, seguindo o rico comerciante. Ele, como sempre fazia, entrou no supermercado, ligou as geladeiras, verificou datas de validades de produtos, apagou alguns e em seguida foi para a casa da sua nova escolhida de cama. Todos, mais ou menos, sabiam pela “maledicência” da população sobre seu procedimento. Aguardaram ele entrar na casa da moçoila e entraram quase em seguida. Foi a maior confusão. A própria ex-esposa contou para todos sobre o que ele fazia no seu ne­gócio e ele ficou desacreditado. A amante, quando viu que a fonte de dinheiro iria secar, o abandonou. A cidade ficou em polvorosa e o caso passou a ser comentado nos púlpitos das igrejas e nos locais dos cultos dos pastores. Quebrou e foi procurar outra cidade ainda por ser desenvolvida para montar um negócio parecido. Mas foi sem a mulher e sem os filhos.

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