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Labirintite

A labirintite é uma doença do ouvido que afeta duas partes de grande importância: uma delas é a responsável pela audição, isto é, a que permite a pessoa a escutar. E a outra é a estrutura responsável pelo equilíbrio. A palavra labirintite é frequentemente usada de for­ma imprecisa, pois ela diz respeito apenas a um distúrbio no ouvido, isto é, aqueles relacionados com uma inflamação ou infecção.

O termo mais preciso seria labirintopatias, porém lembrar que a inflamação e que compreende a labirintite propriamente dita, e outras com sinais e sintomas às vezes até semelhantes aos da labirintite. É uma doença de idade adulta, em geral acima dos 40 anos aos 50 anos e vai aumentando mais nas pessoas à medida que o tempo vai passan­do. Porém lembrar que a inflamação e/ou infecção do ouvido interno pode acometer pessoas de qualquer idade inclusive as crianças.

As causas da labirintite ainda não são claras, mas parece que as inflamações e infecções por vírus ou bactérias levando à otite média, traumatismo na cabeça, reação a algum tipo de remédio, transtorno na circulação sanguínea que afeta o ouvido interno, envelhecimento, lesões no sistema visual, alguns tipos de remédios como antidepressivos, anti­concepcionais e tranquilizantes ou a automedicação que é o uso de certos medicamentos não receitados por médicos são as causas mais comuns.

Os principais sinais e sintomas da labirintite são: tonturas tanto isoladas como acompanhadas de diminuição da audição, zumbido, sensação de ouvido tampado, dor de cabeça, náuseas e até vômitos.

Como qualquer doença, a labirintite também se associa a deter­minadas condições que constituem uma predisposição ao seu apare­cimento. A essas condições nós damos o nome de fatores de risco.

No caso específico da labirintite podemos citar que são fatores de risco para o aparecimento da labirintite a idade, em geral acima dos 40 a 50 anos, doenças crônicas como hipertensão e diabetes, colesterol, triglicérides e ácido úrico elevados. Além do tabagismo, o consumo exagerado de açúcar, a falta de atividade física, o erro alimentar, isto é, uma dieta não-balanceada, dieta para emagrecer sem supervisão médica, o jejum prolongado, etc.

Os sinais e sintomas da labirintite mais frequentes são a tontura, a perda de equilíbrio, sensação de vertigem, náuseas, vômitos, perda auditiva, zumbido e mal-estar. Lembrar que a tontura é o segundo incômodo mais frequente no ser humano, só perdendo para a dor de cabeça. Cerca de 40% da população humana apresenta sensação de tontura ou vertigem em algum momento da vida e 10 a 15% das pessoas têm sintomas de tontura recorrentes.

O diagnóstico de labirintite deve ser feito pelo médico otorrino que é o especialista em doenças dos ouvidos e é feito a partir das informações dadas pelo paciente. Exames laboratoriais e de imagens como o eletro­encefalograma, a tomografia e a ressonância são de grande importância para afastar outras doenças graves, que também são causadoras de sinais e sintomas semelhantes àqueles causadores da labirintite.

Fechado o diagnóstico o médico institui o tratamento que visa eliminar os sintomas que estão perturbando o paciente. Para náuseas e vômitos existem medicações específicas, assim como antibióticos e anti-inflamatórios nos casos de infecção. Por outro lado, o uso de calmantes também tem seu lugar na hipótese de o estresse ser um fator determinante do aparecimento da doença.

Substâncias chamadas corticóides ou antialérgicas são também importantes no tratamento da labirintite. No caso das crises de labirintite os sintomas podem desaparecer em uma semana, mas algumas vezes o tratamento é prolongado por um ou dois meses até a cura da doença. A fisioterapia e a fonoaudiologia também podem ser parte integrante no tratamento da doença e esses profissionais fazem parte da equipe encarregada do caso.

Finalmente existem medidas que devem ser colocadas em prática para se evitar a ocorrência de labirintite, como o consumo de bebidas alcoólicas, que deve ser feito com moderação, o controle do colesterol, triglicérides e ácido úrico que devem ser tratados e reduzidos ao seu padrão normal, assim como se a pessoa for portadora de qualquer doença crônica principalmente a hipertensão arterial e o diabetes devem ser tratadas convenientemente. A pessoa precisa ter uma atividade física diária, a dieta deve ser balanceada e não deve ficar mais de três horas em jejum, tomar dois litros de água por dia, administrar o estresse diário e, finalmente, a pessoa não deve fumar de jeito nenhum.

Desse modo, a pessoa reúne todas as condições para ter uma vida saudável. E é isto o que eu, Dr. Adão, como médico, professor e como pessoa, desejo a você: que você tenha uma vida longa e feliz.

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