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La Palma registra 60 tremores em um dia

JUAN MEDINA/REUTERS

Um total de 60 tremores foi registrado na ilha de La Palma (Canárias) desde a zero hora (horário local) desta quinta­-feira, 14 de outubro, um deles de 4,5 graus, o maior sentido até agora desde que começou a erupção do vulcão Cumbre Vieja, há 26 dias.

Segundo o Instituto Geográ­fico Nacional espanhol (IGN), a atividade sísmica aumentou nas últimas horas na ilha, depois de ter diminuído ligeiramente na quarta-feira (13). Três dos 60 terremotos registrados foram sentidos pela população, tendo o de maior magnitude ocorrido às 2h27 (horário local) em Mazo.

A magnitude foi de 4,5 na escala Richter, a uma profundi­dade de 37 quilômetros (km), após outro de 4,1 graus, na mes­ma cidade e à mesma profundi­dade. O terceiro mais forte foi sentido em Fuencaliente, com magnitude de 3,6 graus e pro­fundidade de 10 km.

As autoridades determina­ram a retirada dos moradores de um novo bairro no municí­pio de Los Llanos de Aridane, na ilha de La Palma, devido ao avanço do último fluxo de lava gerado pela erupção do Cumbre Vieja. Segundo fonte do governo regional das Canárias citada pela agência espanhola Efe, estima-se que essa nova retirada afete cerca de 15 pessoas que vivem na área.

Esta é a segunda evacuação feita em apenas 24 horas devi­do ao avanço do novo desliza­mento de terra que se formou nos últimos dias a norte do principal, depois de cerca de 800 moradores do bairro de La Laguna terem sido orientados a abandonar suas casas na ter­ça-feira (12) à tarde.

Os indicadores monitora­dos por cientistas no vulcão de La Palma, especialmente as emissões de dióxido de enxofre, sugerem que o fim da erupção não vai ocorrer a curto ou mé­dio prazo, segundo a porta-voz do comitê científico do Plano de Emergência Vulcânica das Ilhas Canárias (Pevolca).

Segundo as medições do sis­tema de satélite europeu Coper­nicus, a lava ocupa 656 hectares e já afetou 1.541 construções, das quais 1.458 foram destruídas. A erupção, que começou em 19 de setembro último, afetou 52,1 km de estradas, 49 km das quais foram destruídas. Uma nuvem de dióxido de enxofre, emitida pela erupção do vulcão atingiu a Península Ibérica e deverá estar na atmosfera até esta sexta-feira (15), informou o Instituto Por­tuguês do Mar e da Atmosfera.

Usando previsões do Serviço de Monitoramento Atmosféri­co do programa de observação por satélite europeu Coperni­cus, a entrada de dióxido de enxofre está acima dos 3 mil metros de altitude, “não afe­tando por isso as concentra­ções desse gás na superfície”.

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