O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta quinta-feira, 1º de outubro, a escolha do desembargador Kassio Nunes Marques, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), para assumir a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) com a aposentadoria de Celso de Mello, no próximo dia 13.
Em transmissão ao vivo pelas redes sociais, o presidente disse que o nome de Marques deve sair no Diário Oficial da União desta sexta-feira (2). Ele também reiterou que indicará um evangélico para assumir a cadeira de Marco Aurélio Mello, que se aposenta em julho do ano que vem.
Bolsonaro já havia comunicado a escolha de Marques aos ministros do STF Gilmar Mendes e Dias Toffoli, na noite de terça-feira, 29 de setembro, em um encontro na casa do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). O nome agradou a políticos do Centrão, que querem enfraquecer a Lava Jato, e à ala do Supremo que faz restrições a investigações conduzidas pela força-tarefa.
Gilmar e Toffoli fazem parte deste grupo. Uma vez oficializada a indicação de Marques, ele ainda deverá passar por sabatina no Senado. Para assumir a vaga no STF, o desembargador de 48 anos precisará ser aprovado pela maioria dos 81 senadores, em votação secreta.
Apesar de agradar ao Centrão, Marques passou a ser “fritado” por militantes bolsonaristas desde ontem, quando a escolha do presidente foi divulgada. Mensagens que circularam pelo WhatsApp e em plataformas como Twitter e Facebook lembravam que o desembargador foi indicado para o TRF-1 pela então presidente Dilma Rousseff (PT), em 2011. Citava, ainda, sua ligação com o governador do Piauí, Wellington Dias, também do PT.