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Justiça manda liberar terminal

O juiz Guilherme Stamillo San­tarelli Zualine, da 1ª Vara Cível de Ribeirão Preto, determinou nesta sexta-feira, 25 de maio, o fim do bloqueio feito por manifestantes na porta do terminal de petróleo da Petrobras, no quilômetro 326 da Rodovia Alexandre Balbo (SP- 328), no Anel Viário Norte. Na de­cisão, o magistrado determina ainda o uso de força policial para garantia do cumprimento da li­minar e a remoção de pessoas, caminhões, carros de som, veí­culos e outros objetos que impe­çam a circulação.

Desde segunda (21), cami­nhoneiros bloqueiam a entrada e a saída de veículos da central e o ato afeta a distribuição de com­bustíveis na região. Na noite desta sexta-feira, apesar da decisão da Justiça, os manifestantes continu­avam no local e impediam o aces­so ao terminal. O juiz diz na liminar que “é livre o direito de protestar contra os altíssimos preços dos combustíveis, o que apenas refor­ça a insatisfação geral com a po­lítica econômica e com o modelo tributário adotado no Brasil”.

Mas afirma que o direito de manifestação não pode extrapolar e atingir outras garantias constitu­cionais, como o direito à liberdade de ir e vir, da propriedade privada e da ordem pública. O governador do Estado de São Paulo, Márcio França, determinou ao secretário de Segurança Pública, Mágino Al­ves, que acione imediatamente a Polícia Militar Rodoviária (PMRv) para aplicar multas em todos os veículos que estacionem em fila dupla nas estradas paulistas ou que promovam bloqueios, impe­dindo a livre circulação.

Márcio França entende que a greve, que afeta todo o País, poderia ter sido evitada: “A greve foi causada por um aumento abrupto no preço do diesel, sem considerar as conse­quências sociais. Os caminhoneiros foram os primeiros duramente atin­gidos e entendo perfeitamente os motivos da manifestação. Mas já foi iniciado um processo de negociação para resolver o problema e não é correto penalizar toda a população”, ressaltou o governador.

Multas – Para quem organiza bloqueios a legislação prevê multas de até R$ 17.608,20. Para os que interrompem a circulação nas vias a multa é de R$ 5.869,40. Em todos os casos as multas são gravíssimas e implicam remoção do veículo e processo de suspensão da habili­tação por 12 meses. Ainda ontem, a principal entidade contrária ao acordo entre caminhoneiros e o go­verno federal pediu aos motoristas que liberem as rodovias interditadas como reação ao pronunciamento feito mais cedo pelo presidente da República, Michel Temer, que su­geriu usar forças de segurança para liberar as estradas.

“Preocupada com a segurança dos caminhoneiros envolvidos, a Abcam vem publicamente pedir que retirem as interdições nas rodovias”, cita a nota distribuída à imprensa pela Associação Brasileira dos Ca­minhoneiros (Abcam). Segundo o balanço do governo federal, na noi­te de ontem mais da metade dos 521 trechos bloqueados já haviam sido liberados. A entidade sugere, porém, que continuem as manifes­tações de forma pacífica, sem obs­trução das vias.

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