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Justiça decreta prisão de homem que levou atirador a estacionamento

Suspeita é que condutor da moto já teria discutido com o manobrista por causa de uma mulher

Rafael estava saindo com o carro do estacionamento quando foi atingido na cabeça por engano; disparo foi feito por Mazucato (Foto: Reprodução)

Por: Adalberto Luque

A Justiça atendeu a um pedido da Delegacia de Homicídios e determinou, a prisão preventiva de Francisco José Musse Júnior. Ele levou Rafael Mazucato, de 41 anos, até o estacionamento onde havia ocorrido uma briga minutos antes.

Ao chegar ao estacionamento, Rafael disparou por engano contra Ruan César Godói em um estacionamento na Avenida Jerônimo Gonçalves, na madrugada de 2 de julho. Ruan morreu três dias depois no Hospital das Clínicas – Unidade de Emergência.

Interrogatórios

Nos depoimentos prestados por Mazucato e Musse Júnior, o delegado responsável pelo caso, Rodolfo Latif Sebba, notou contradições entre as versões. Ele pediu inicialmente a prisão preventiva de Mazucato, que se apresentou na quinta-feira (6) e foi preso preventivamente.

Ao ser preso, Mazucato disse rapidamente estar arrependido de ter matado Ruan. Disse que havia sido manipulado por Musse Júnior. O advogado de Mazucato sustenta que ele pretendia apenas dar um susto, depois de ser violentamente agredido pelo funcionário do estacionamento minutos antes.

Na chegada à delegacia no dia da prisão, Mazucato disse que teria sido influenciado a voltar ao estacionamento por amigo (Foto: Alfredo Risk)

Em depoimento ao delegado, uma das testemunhas disse que poderia existir uma rixa entre Musse Júnior e o manobrista envolvido na briga com Mazucato, por causa de uma mulher. O funcionário disse ter a impressão de que os dois homens foram ao estacionamento para arrumar briga.

O delegado pediu a prisão preventiva e, com a autorização da Justiça, Musse Júnior pode ser preso preventivamente. A juíza Marta Rodrigues Maffeis determinou sua prisão por tempo indeterminado.

O delegado também apurou que os dois teriam ido de moto até a Rua Roque Nacarato, Jardim Antárctica, zona Oeste da cidade, onde teriam apanhado a arma e voltado para o estacionamento. Um dos depoimentos disse que a arma teria sido apanhada nos Campos Elíseos, zona Norte.

Crime da Baixada

Por volta de 03h30 da madrugada de 2 de junho, um funcionário do estacionamento na avenida Jerônimo Gonçalves se desentendeu com dois clientes supostamente por causa do pagamento do tíquete.

Ruan teve morte cerebral confirmada no dia 4 de julho (Foto: Redes Sociais)

Dois homens entraram em luta corporal. O manobrista estava de camiseta e boné pretos. Depois da briga, os dois que haviam parado o carro no local foram embora. O homem que brigou voltou às 03h51, quando Ruan Godoi estava no portão do estacionamento. O jovem também usava camiseta e boné pretos.

Uma motocicleta Honda Biz parou na porta, o garupa Rafael Mazucato desceu com o capacete e empunhando uma arma e disparou várias vezes. O primeiro tiro atingiu Ruan Godoi na cabeça. Outros dois homens escaparam ilesos. O atirador subiu na moto e foi embora. O caso passou a ser investigado pela Delegacia de Homicídios da Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC).

Na segunda-feira (3), o autor dos disparos, Rafael Mazucato, de 41 anos, foi levado para a delegacia e prestou depoimento. Segundo o advogado de defesa, José Ricardo Romão, o homem estaria arrependido e teria dito que sua intenção era apenas “dar um susto” na pessoa que o agrediu. Também pediu desculpas ao jovem baleado e à família da vítima. Ele indicou onde havia jogado a arma: um bueiro nos Campos Elíseos. Após depoimento, o autor confesso foi liberado. Porém, o delegado responsável pelo caso, Rodolfo Latif Sebba, pediu sua prisão preventiva.

Dois homens trocaram socos e chutes no estacionamento 20 minutos antes do disparo que causou a morte do jovem que não teve envolvimento com a confusão, Musse Júnior é o homem de bermuda, com o capacete branco na mão (Foto: Reprodução)

Na terça-feira (4), o homem que pilotava a motocicleta, Francisco José Musse Júnior, foi ouvido na delegacia. Ele disse que teria sido ameaçado pelo atirador, caso não o levasse ao estacionamento.

Relatou que tentou demovê-lo da ideia, mas que o amigo o tranquilizou, dizendo que queria apenas dar um susto nos funcionários. Quando tudo aconteceu, foi ameaçado novamente para fugir do local. O condutor da motocicleta também disse ao delegado que o amigo tentou combinar o depoimento com ele para não haver contradições, mas ele não teria aceitado. Na noite de terça-feira foi constatada a morte cerebral de Ruan.

Segundo a Polícia Civil, o piloto da moto é um ex-policial penal e atualmente funcionário da Secretaria de Água e Esgoto de Ribeirão Preto (SAERP). Ele já foi preso por porte de arma anteriormente e chegou a ser condenado. Ele também pode ser indiciado como cúmplice na morte do jovem.

Mazucato está preso desde a quinta-feira (6). Musse Júnior pode ser preso a qualquer momento. Se não se apresentar, será considerado foragido. A defesa de Mussi Júnior não foi localizada. A SAERP foi questionada, mas até a publicação da matéria não se manifestou. Se isso ocorrer, o texto será atualizado.

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