Tribuna Ribeirão
Economia

Juros do cartão de crédito sobem para 278,7% ao ano

Os consumidores que caíram no rotativo do cartão de crédito pagaram juros mais caros em setembro. A taxa média do rota­tivo subiu 4,7 pontos percentuais em relação a agosto, chegando a 278,7% ao ano. Os dados foram divulgados pelo Banco Central. A taxa média é formada com base nos dados de consumidores adimplentes e inadimplentes.

No caso do consumidor adimplente, que paga pelo menos o valor mínimo da fatura do cartão em dia, a taxa chegou a 259,9% ao ano em setembro, com aumento de 9,6 pontos percentual em relação a agosto. Já a taxa co­brada dos consumidores que não pagaram ou atrasaram o paga­mento mínimo da fatura (rotativo não regular) subiu 0,9 pontos percentuais, indo para 292,2% ao ano. O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão e dura 30 dias. Após esse prazo, as instituições financeiras parcelam a dívida.

Cheque especial
Já a taxa de juros do cheque especial caiu 1,8% em setembro, comparada a agosto, e está em 301,4% ao ano. Assim continua a ser a menor desde março de 2016, quando estava em 300,8% ao ano. As regras do cheque especial mudaram em julho. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os clientes que utilizam mais de 15% do limite do cheque durante 30 dias consecutivos passaram a receber a oferta de um parcelamento, com taxa de juros menores que a do cheque especial definida pela instituição financeira.

As taxas do cheque especial e do rotativo do cartão são as mais caras entre as modalidades ofere­cidas pelos bancos. A inadim­plência do crédito, considerados atrasos acima de 90 dias, para pessoas físicas, caiu 0,1 ponto percentual e ficou em 4,9% em setembro. No caso das pessoas jurídicas, também houve recuo, de 0,2 ponto percentual, ficando em 3,1%. Esses dados são do crédito livre, em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado.

No caso do crédito direcio­nado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destina­dos, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraes­trutura) os juros para as pessoas físicas também caíram 0,2 ponto percentual, para 7,6% ao ano. A taxa cobrada das empresas caiu 0,7 ponto percentual, para 8,7% ao ano. A inadimplência das pessoas físicas caiu 0,2 ponto percentual e ficou em 1,7% e a das empresas subiu 0,4 ponto percentual, para 2%.

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