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Juro do rotativo sobe a 440,8% 

Faturas terão mais transparência. Titular será avisado do vencimento (Marcelo Casal/Agência Brasil)

Em meio ao processo de queda da Selic, a taxa média de juros no crédito livre mostrou nova redução em dezembro ante novembro. O percentual passou de 41,9% para 40,8% ao ano, informou nesta terça-feira, 6 de fevereiro, o Banco Central. No último mês de 2022, a taxa estava em 41,8%. Para as pessoas físicas, a taxa média de juros no crédito livre cedeu de 55,0% para 54,2% ao ano de novembro para dezembro.  
 
No segmento de pessoas jurídicas, a taxa passou de 22,1% para 21,1% entre os dois meses. O juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito subiu 6,4 pontos percentuais de novembro para dezembro. A taxa passou de 434,4% para 440,8% ao ano. No caso do parcelado, o juro passou de 195,6% para 196,8% ao ano entre novembro e dezembro.  
 
Considerando o juro total do cartão de crédito, que leva em conta operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 91,4% para 89,5%. O Congresso definiu em lei que os juros do rotativo e do parcelado não poderiam ultrapassar 100% do principal da dívida, caso os bancos não chegassem a um acordo sobre o assunto, chancelado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). 
 
Como não houve consenso, o teto para os juros e encargos da modalidade passou a valer no dia 3 de janeiro de 2024. Além de um teto para os juros do rotativo, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, chegou a propor aos setores envolvidos um máximo de doze meses para o parcelado sem juros. Também citou a hipótese de alguma limitação para a tarifa de intercâmbio no cartão de crédito, mas ambas as ideias não avançaram. 
 
Cheque especialEntre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa passou entre novembro e dezembro, de 132,1% ao ano para 128,3% ao ano. No crédito pessoal, a taxa oscilou de 42,3% para 42,2% ao ano.  
 
Desde 2018, os bancos estão oferecendo um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção vale para débitos superiores a R$ 200. Em janeiro de 2020, o BC passou a aplicar uma limitação dos juros do cheque especial, em 8% ao mês (151,82% ao ano). 
 
Veículos – Os dados divulgados nesta terça pelo Banco Central mostraram ainda que, para aquisição de veículos, os juros foram de 26,0% ao ano em novembro para 25,5% em dezembro. A taxa média de juros no crédito total, que inclui operações livres e direcionadas (com recursos da poupança e do BNDES), foi de 29,1% ao ano em novembro para 28,4% ao ano em dezembro. No último mês de 2022, estava em 30,1%.} 
 
Endividamento – Na divulgação desta terça-feira, o BC informou que o endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro fechou o mês de novembro em 48,2%, mesmo patamar registrado em outubro. O recorde da série histórica do Banco Central ocorreu em julho de 2022 (50,1%). 
 
Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento ficou em 30,2% no penúltimo mês de 2023, mesmo número de outubro. Segundo os dados do BC para o mês de novembro, o comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) terminou o mês em 26,5%. Em outubro, o percentual era de 27,2%. O recorde da série foi registrado em junho de 2023, com 28,4%.  
 
Descontados os empréstimos imobiliários, o comprometimento da renda passou de 25,1% no décimo mês do ano para 24,4% em novembro. A taxa de inadimplência nas operações de crédito livre com os bancos passou de 4,8% em novembro para 4,7% em dezembro. Para as pessoas físicas, caiu de 5,8% para 5,6% de um mês para o outro.  
 
No caso das empresas, variou de 3,6% para 3,5% no período. A inadimplência do crédito direcionado (recursos da poupança e do BNDES) passou de 1,5% para 1,3% em dezembro ante novembro. Já o dado que considera o crédito livre mais o direcionado mostra que a taxa de inadimplência passou de 3,4% para 3,3% em dezembro. 

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