Em meio às dificuldades das famílias para fechar as contas durante a pandemia do novo coronavírus, o juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito caiu 6,5 pontos percentuais de abril para maio, informou nesta segunda-feira o Banco Central. A taxa passou de 336,1% para 329,6% ao ano.
Os números são influenciados pelos efeitos da segunda onda da pandemia de covid-19, que voltou a colocar em isolamento social parte da população e reduziu a atividade das empresas. O rotativo do cartão, juntamente com o cheque especial, é uma modalidade de crédito emergencial, muito acessada em momentos de dificuldades.
No caso do parcelado, ainda dentro de cartão de crédito, o juro passou de 165,7% para 164,4% ao ano. Considerando o juro total do cartão de crédito, que leva em conta operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 65,5% para 62,0%.
Em abril de 2017, começou a valer a regra que obriga os bancos a transferir, após um mês, a dívida do rotativo do cartão de crédito para o parcelado, a juros mais baixos. A intenção do governo com a nova regra era permitir que a taxa de juros para o rotativo do cartão de crédito recuasse,
Entende que o risco de inadimplência, em tese, cai com a migração para o parcelado. Atualmente, porém, o risco de inadimplência aumentou, justamente porque muitas famílias estão enfrentando redução de renda, na esteira da pandemia.
Em meio aos efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre a economia, a taxa média de juros no crédito livre passou de 29,0% ao ano em abril para 28,5% ao ano em maio, informou nesta segunda-feira o Banco Central. Em maio de 2020, essa taxa estava em 29,9% ao ano.
Os números são influenciados pelos efeitos da segunda onda da pandemia de covid-19, que voltou a colocar em isolamento social parte da população e reduziu a atividade das empresas. Para as pessoas físicas, a taxa média de juros no crédito livre passou de 41,1% para 39,9% ao ano de abril para maio, enquanto para as pessoas jurídicas foi de 14,7% para 14,6%.
Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa passou de 124,3% ao ano para 122,1% ao ano de abril para maio. No crédito pessoal, a taxa passou de 34,5% para 33,0% ao ano. Desde julho de 2018, os bancos estão oferecendo um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção vale para débitos superiores a R$ 200. Em 6 de janeiro de 2020, o BC passou a aplicar uma limitação dos juros do cheque especial, em 8% ao mês (151,82% ao ano).