Tribuna Ribeirão
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Juntos contra a pólio

André Luiz da Silva * 
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Desde a infância, estou familiarizado com o impacto da poliomielite (paralisia infantil) nos meus vizinhos, amigos, colegas de classe e de trabalho e testemunhei a angústia e a dor que ela causa. A poliomielite é uma doença infecciosa, paralisante e potencialmente fatal que afeta mais comumente crianças menores de 5 anos de idade. Os vírus são transferidos de pessoa para pessoa usualmente através de água contaminada e pode afetar o sistema nervoso. 
 
Quando descobri o Rotary International e entrei para o Rotary Club de Ribeirão Preto- Jardim Paulista, naturalmente aderi ao desafio que começou 35 anos de erradicar a pólio no mundo. Como parceiros fundadores da Iniciativa Global de Erradicação da Poliomielite, os rotarianos ajudaram a reduzir os casos de pólio em 99,9% desde o primeiro projeto de imunização infantil nas Filipinas, em 1979. 
 
Hoje, a poliomielite é endêmica em apenas dois países: Afeganistão e Paquistão. Mas é imperativo que continuemos a trabalhar para garantir que outros países estejam livres desta situação. Se todos os empenhos de erradicação fossem interrompidos hoje, dentro de 10 anos a doença poderia paralisar até 200 mil crianças por ano. 
 
Presente em 218 países e regiões geográficas, o Rotary atua por meio de mais de 36 mil Rotary Clubs, que reúnem cerca de 1,2 milhão de voluntários que doam recursos financeiros e horas de trabalho para proteger cerca de três bilhões de crianças da paralisia infantil em 122 países. Como o Dia Mundial de Combate à Pólio é comemorado em 24 de outubro, ao longo do mês os rotarianos se reúnem e desenvolvem ações para erradicar a poliomielite de uma vez por todas. Os esforços de divulgação do Rotary ajudaram a obter apoio governamental em vários países. Neste ano os Rotary Clubs do Brasil lançaram a campanha “Juntos contra a Pólio”. Caso você tenha interesse em divulgar a iniciativa, todo o material está disponível no site www.juntoscontraapolio.com.br. 
 
Além do combate à poliomielite, é fundamental que as crianças e os adolescentes estejam protegidos contra todas as doenças, por isso o governo Federal lançou o Movimento Nacional de Vacinação que visa restabelecer as altas coberturas vacinais noBrasil, que já foi referência mundial em vacinação. No entanto, ele experimentou um revés incrível. Em 2022, por exemplo, uma em cada três crianças atendidas na atenção básica estava com a vacinação em atraso. Entre as razões identificadas estão a desinformação sobre a importância das doses, a disseminação de notícias faltas, o medo de reações, as dificuldades para conseguir atendimento em postos de saúde e o descaso com a imunização para doenças já erradicadas, pois muitos pais e mães não conheceram pessoas com pólio ou outras doenças e não compreendem o risco a que estão expondo os filhos. É necessário conscientizar que, mesmo quando uma doença é erradicada, deve-se continuar a vacinação para prevenir e evitar a reintrodução. 
 
Além dos profissionais de saúde, cabe a cada indivíduo pensar coletivamente, colaborando no estímulo à pratica dessa importante estratégia de saúde pública que é a vacinação. Vacinas salvam vidas! Quem ama, vacina! 
 
No estado de São Paulo a Campanha de Multivacinação vai até 31 de outubro. Assim, os rotarianos destacam a importância da atualização da situação vacinal de crianças e adolescentes menores de 15 anos, sendo fundamental que os responsáveis os acompanhem às Unidades de Saúde mais próximas, munidos da Carteira de Vacinação. 
 
* Servidor municipal, advogado, escritor e radialista 

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