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Junho registra inflação de 0,21% 

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo desacelerou de 0,46% em maio para 0,21% em junho; sobe 2,48% no ano e 4,23% em doze meses 

Inflação de Alimentação e bebidas foi de 0,44%: vilões do grupo foram batata inglesa (14,49%), leite longa vida (7,43%), café moído (3,03%) e arroz (2,25%) (Agência Brasil)

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – indexador oficial – desacelerou de 0,46% em maio para 0,21% em junho, após 0,38% em abril, 0,16% em março, 0,83% em fevereiro e 0,42% em janeiro. Os dados foram divulgados na manhã desta quarta-feira, 10 de julho, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A alta de 0,21% em junho foi o resultado mais alto para o mês desde 2022, quando ficou em 0,67%. No mesmo mês do ano passado, a taxa tinha sido mais baixa, de -0,08%. Como consequência, a taxa acumulada em doze meses acelerou pelo segundo mês consecutivo, passando de 3,93% em maio para 4,23% em junho, maior patamar desde fevereiro deste ano, quando estava em 4,50%.

Era de 3,69% até abril – a menor desde junho de 2023, quando estava em 3,16%. A taxa acumulada no primeiro semestre do ano passou para 2,48%, 2,27% até maio e 1,80% até abril. A meta de inflação perseguida pelo Banco Central em 2024 é de 3,0%, com teto de tolerância de 4,50%.

O índice de difusão do IPCA, que mostra o percentual de itens com aumentos de preços, passou de 57% em maio para 52% em junho, segundo o IBGE. A difusão de itens alimentícios passou de 60% em maio para 49% em junho. Já a difusão de itens não alimentícios saiu de 56% em maio para 55% em junho.

Grupos – Sete dos nove grupos que integram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo registraram altas de preços em junho, segundo o IBGE. Houve deflação em Transportes (queda de 0,19% e impacto de -0,04 ponto percentual) e Comunicação (retração de 0,08%, sem  e impacto).

Os aumentos foram registrados em Alimentação e bebidas (0,44%, impacto de 0,10 p.p.), Saúde e cuidados pessoais (0,54%, impacto de 0,07 ponto), Habitação (0,25% e impacto de 0,04 p.p.), Despesas pessoais (0,29%, impacto de 0,03 p.p ), Educação (0,06%, sem impacto), Vestuário (0,02%, sem impacto) e Artigos de residência (0,19% e impacto de 0,01 ponto percentual).

A taxa de 4,62% em 2023 ficou acima da mediana de 3,25% para o período. Porém, dentro do intervalo estabelecido, entre 1,75% a 4,75%, quebrando sequência de dois anos seguidos além do teto e voltando ao nível de 2020, de 4,52%. O IPCA fechou 2022 em 5,79% e 2021.

Itens – A inflação de junho foi influenciada principalmente pelo grupo Alimentação e bebidas, que registrou alta de preços de 0,44% no mês, com aumento do custo de produtos como batata inglesa (14,49%), leite longa vida (7,43%), café moído (3,03%) e arroz (2,25%).

A alta de 7,43% no leite longa vida exerceu a maior pressão sobre a inflação de junho, uma contribuição de 0,06 ponto percentual para a taxa de 0,21%. Figuraram ainda no ranking de maiores pressões sobre o IPCA de junho a batata-inglesa (0,05 ponto percentual), gasolina (0,03 p p.), taxa de água e esgoto (0,02 p.p.) e perfume (0,02 p.p.).

Na direção oposta, o principal alívio partiu da passagem aérea, com queda de preços de 9,88% e influência de -0,06 p.p. Houve contribuição negativa também do mamão (-0,03 p.p.) e da cebola (-0,02 p.p.). O grupo saúde e cuidados pessoais teve alta de 0,54% no mês.

Apresentou o segundo principal impacto na inflação oficial em junho.  Por outro lado, os transportes evitaram uma inflação maior, ao registrar uma deflação de 0,19% no mês, resultado puxado pelas quedas de preços de passagens aéreas (-9,88%), óleo diesel (-0,64%) e gás veicular (-0,61%).

INPC – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda entre um e cinco salários mínimos (entre R$ 1.412 e R$ 7.060) e chefiadas por assalariados, registrou taxa de 0,25% em junho deste ano (acima do IPCA). ante 0,46% de maio. Acumula taxas de inflação de 2,68% no ano e de 3,70% em doze meses, de acordo com o IBGE.

A inflação  por grupos
Alimentação – O grupo Alimentação e bebidas saiu de um aumento de 0,62% em maio para uma elevação de 0,44% em junho e contribuiu com 0,10 ponto percentual para a taxa de 0,46% do IPCA. O custo da alimentação no domicílio desacelerou de uma alta de 0,66% em maio para 0,47% em junho.

As famílias pagaram mais pela batata inglesa (14,49%), leite longa vida (7,43%), café moído (3,03%) e arroz (2,25%). Por outro lado, houve quedas na cenoura (-9,47%), cebola (-7,49%) e frutas (-2,62%). A alimentação fora do domicílio aumentou 0,37% em junho. O lanche subiu 0,39%, enquanto a refeição fora de casa avançou 0,34%.

Transportes – Após um aumento de 5,91% nos preços impulsionados pelos feriados em maio, as passagens aéreas recuaram 9,88% em junho, dando a maior contribuição para conter a inflação no país no mês. O item teve um impacto de -0,06 ponto percentual sobre o IPCA de junho.

Os gastos das famílias com Transportes passaram de uma alta 0,44% em maio para um recuo de 0,19% em junho, impacto de -0,04 ponto para o IPCA. Os combustíveis subiram 0,54% em junho. Houve altas na gasolina (0,64%, impacto de 0,03 ponto porcentual) e no etanol (0,34%), mas quedas no óleo diesel (-0,64%) e no gás veicular (-0,61%). O transporte por aplicativo recuou 2,81% em junho.

Saúde – As famílias brasileiras gastaram 0,54% a mais com Saúde e cuidados pessoais em junho, uma contribuição de 0,07 ponto percentual para a taxa de 0,21% registrada pelo IPCA no mês. O avanço foi influenciado por um aumento de 1,69% nos perfumes.

Houve elevação também de 0,37% nos planos de saúde, em decorrência do reajuste de até 6,91% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 4 de junho, com vigência a partir de maio de 2024 e cujo ciclo se encerra em abril de 2025.

Serviços – A inflação de serviços – usada como termômetro de pressões de demanda sobre os preços – passou de um aumento de 0,40% em maio para uma alta de 0,04% em junho. Já os preços de itens monitorados pelo governo saíram de alta 0,55% em maio para aumento de 0,33% em junho.

No acumulado em doze meses, a inflação de serviços passou de 5,09% em maio para 4,49% em junho, menor patamar desde setembro de 2021, quando estava em 4,41%. A inflação de monitorados em doze 

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