Vivemos na era das notícias falsas. As chamadas “fake news” interferem nos processos eleitorais, destroem reputações e podem até colocar a saúde e a vida de milhares de pessoas em risco.
Uma das linhas de balelas mais divulgadas nas redes sociais é contra os processos de imunização. As campanhas de boatos levam temor aos pais que deixam de vacinar suas crianças e engrossam a corrente compartilhando os textos absurdos e sensacionalistas. Contra essa onda de besteiras, o remédio é a informação.
Estamos vivendo o Julho Amarelo, mês dedicado à informação sobre hepatites. Em 2010, a Organização Mundial da Saúde instituiu 28 de julho como Dia Mundial de Luta contra Hepatites Virais. Trata-se de uma grande oportunidade de aprofundar os conhecimentos sobre o tema. Além da vacinação é importante o diagnóstico precoce.
A hepatite é a inflamação do fígado e pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns medicamentos, álcool e drogas. Também por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. Uma característica especial da Hepatite é ser uma doença silenciosa, que muitas vezes esconde os sintomas. Quando surgem os mais comuns são pele e olhos amarelados, urina escura, fezes claras, enjoo, vômitos, tontura, cansaço e dor abdominal.
Existe uma classificação quanto aos vírus e aqui no Brasil as hepatites virais mais comuns são dos tipos A,B e C. Países da África e da Ásia registram maior incidência dos vírus D e E. Segundo especialistas em saúde, em nosso país, milhões de pessoas são portadoras dos vírus B ou C e não sabem. Desta forma correm o risco de evolução da doença que pode se tornar crônica passando para cirrose ou câncer.
Há diferenças na evolução das hepatites conforme o tipo de vírus. As formas agudas são registradas nos tipos A e E. Nestas a boa notícia é a possibilidade de eliminação do vírus do organismo e a recuperação completa da pessoa.
A participação da sociedade civil é fundamental para o processo de conscientização da importância da prevenção e tratamento das hepatites virais. O Rotary International elaborou um projeto mundial de erradicação intitulado “Hepatite Zero” com ênfase na prevenção através do exame e destacando que uma simples gota de sangue é capaz de detectar a presença do vírus.
No Brasil, o Rotary desenvolve parceria com a Associação Brasileira de Portadores de Hepatite e com as diversas instâncias governamentais de saúde.A entidade disponibiliza kits de teste rápido e durante as ações, as pessoas com resultados reagentes são encaminhadas aos ambulatórios e serviços especializados para exames mais complexos.
Solidariedade e cidadania são qualidades que dependem basicamente de nossas opções. Neste final de semana, enquanto alguns utilizaram seus dedos e tempo para teclar textos falsos e compartilhar informações mentirosas, milhares de voluntários estarão nas ruas, praças e centros populares divulgando a campanha Hepatite Zero. E você, fará parte de qual grupo?