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Juíza autoriza fiscalização em cela de Lula

A juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara de Execuções Pe­nais de Curitiba, autorizou fiscalização da Comissão de Direitos Humanos do Senado sobre as condições da “Sala Es­pecial” em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está encarcerado para cumprimen­to da pena de 12 anos e um mês no caso triplex.

“Embora não tenha chega­do ao conhecimento deste Juízo qualquer informação de viola­ção a direitos de pessoas cus­todiadas na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, já dotadas de defesas técnicas constituídas, tampouco tenha sido expressa no ofício a moti­vação da aprovação da diligên­cia, dê-se, desde logo, ciência à Superintendência da Polícia Fe­deral em Curitiba e ao Ministé­rio Público Federal”, anotou.

Os parlamentares aprova­ram a diligência no dia 11 de abril. O requerimento foi pro­posto pela senadora Vanes­sa Grazziotin (PCdoB-AM). Durante a votação, não havia nenhum parlamentar situa­cionista.

A comitiva deve ser integra­da pela autora do requerimento e também por Gleisi Hoffmann (PT-PR), Ângela Portela (PDT­-RR), Fátima Bezerra (PT-RN), Telmário Mota (PDT-RR), Pau­lo Paim (PT-RS), Lindbergh Fa­rias (PT-RJ), Jorge Viana (PT­-AC) e Paulo Rocha (PT-PA).Nesta semana, a visita de 10 governadores a Lula foi barrada pela Justiça.

Ao vetar a visita de políticos ao ex-presidente, a juíza Caro­lina Lebbos decidiu expressa­mente que “não há fundamento para a flexibilização do regime geral de visitas próprio à carce­ragem da Polícia Federal”.

A magistrada destacou tre­cho da ficha individual do ape­nado, referindo-se à decisão do juiz Sérgio Moro, que mandou prender Lula. “Além do reco­lhimento em Sala do Estado Maior, foi autorizado pelo juiz a disponibilização de um apa­relho de televisão para o con­denado. Nenhum outro privi­légio foi concedido, inclusive sem privilégios quanto a visi­tações, aplicando-se o regime geral de visitas da carceragem da Polícia Federal, a fim de não inviabilizar o adequado funcio­namento da repartição pública, também não se justificando novos privilégios em relação aos demais condenados”.

Barrados pela Justiça, os governadores deixaram uma carta para o petista. Frustra­dos, os políticos foram embo­ra, mas antes subscreveram uma cartinha manuscrita e a deixaram para o prisioneiro. “Infelizmente, a lei de execu­ção penal não foi cumprida adequadamente e não pude­mos abraçá-lo pessoalmente.”

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