Tribuna Ribeirão
Política

Juiz barra Renan na relatoria de CPI

MARCELLO CASAL JR.-AG.BR.

A Justiça Federal em Brasília decidiu suspender a indicação do senador Renan Calheiros (MDB-AL) para atuar como re­lator da CPI da Pandemia, que será instalada nesta terça-feira, 27 de abril, no Senado. A deci­são foi proferida pelo juiz Char­les Renaud Frazão de Moraes, da 2ª Vara Federal Cível.

A primeira reunião da co­missão será realizada nesta terça-feira, quando devem ser escolhidos o presidente e o rela­tor. Por acordo nos bastidores, o senador Omar Aziz (PSD-AM) deve ser confirmado para presi­dir os trabalhos e Calheiros ocu­paria o cargo de relator.

O magistrado atendeu ao pe­dido liminar feito pela deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP). A parlamentar sustentou que o senador responde a processos na Justiça, fato que “comprome­teria sua imparcialidade” para atuar como relator dos trabalhos da comissão.

A decisão vale até que as partes apresentem suas manifes­tações no processo. “Determino que a União diligencie junto ao Senado da República para que este obste a submissão do nome do senador José Renan Vascon­celos Calheiros à votação para a composição da CPI da Covid-19 na condição de relator”, diz

O magistrado prossegue: “Exclusivamente até a juntada das manifestações preliminares dos requeridos quanto ao pedi­do de tutela de urgência formu­lado pela autora, oportunidade em que será novamente apre­ciado o pedido no ponto, desta feita com mais subsídios funda­dos no contraditório das partes, tudo sem nenhum prejuízo para o prazo de contestação”.

Bolsonaristas têm feito pres­são nas redes sociais para impe­dir Renan de assumir o cargo de relator porque ele não apenas é crítico de Bolsonaro como apoia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nas plataformas digitais, seguidores do presiden­te afirmam que o senador não pode integrar a CPI por ser pai do governador de Alagoas, Re­nan Filho (MDB-AL).

Ao avaliar ações e omis­sões do Executivo no combate à pandemia de covid-19, a CPI também vai investigar o desti­no do dinheiro repassado pelo governo federal a municípios e Estados, entre os quais Alagoas. Renan avisou pelo Twitter, na sexta-feira (23), que se declara­va “parcial” para tratar qualquer tema na CPI que envolva Ala­goas. “Não relatarei ou votarei. Não há sequer indícios quanto ao Estado, mas a minha suspei­ção antecipada é decisão de foro íntimo”, disse ele.

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