Tribuna Ribeirão
Política

José Alfredo é preso em RP

O ex-vereador José Alfredo Carvalho (PT) foi preso na tarde desta terça-feira, 14 de novembro. A Polícia Civil cumpriu ordem de prisão expedida pela 4ª Criminal de Ribeirão Preto. O réu é acusa­do de crime de peculato, prática negada por ele e pelos advogados Helios e Luan Nogués Moyano.

José Alfredo Carvalho, ex­-presidente da Liga Ribeirão­-pretana de Futebol, é acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) – com base em represen­tação de Fernando Chiarelli – de não ter prestado contas de R$ 504 mil repassados pela prefei­tura de Ribeirão Preto para im­plantação de projetos esportivos, cada um no valor de R$ 50 mil, entre 2001 e 2003.

Na sexta-feira (10), a defesa do petista ingressou, no Supremo Tri­bunal Federal (STF), com pedido de habeas corpus alegando que a 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP) expediu mandado de prisão con­tra o petista antes do trânsito em julgado. O caso será analisado pelo ministro Luis Roberto Barroso.

Segundo o acórdão, o TJ/SP negou provimento ao recurso do réu e alterou a pena dele para sete anos e seis meses de reclu­são, em regime inicial fechado, e pagamento de 36 dias-multa, no valor de um vigésimo do sa­lário vigente ao tempo do crime. O acusado refuta as acusações e afirma que fez a prestação de contas, mas que por um erro da Secretaria Municipal da Fazen­da, os valores foram lançados em dívida ativa, dando margem ao Ministério Público para que in­gressasse com ação civil pública.

Ele foi condenado, em pri­meira instância, a cinco anos de prisão em regime semiaberto. Na administração passada, a pasta das finanças reconheceu que hou­ve erro no procedimento, o que isentou José Alfredo Carvalho de qualquer responsabilidade. Na administração atual, no entanto, o caso foi reaberto nos primeiros dias de governo, desconsiderando as medidas tomadas pela equipe fazendária anterior.

Nesta terça-feira, na delegacia, José Alfredo ressaltou que não é acusado de corrupção nem de en­riquecimento ilícito. Também diz que não desviou dinheiro da Liga de Futebol, prática que não foi pro­vada, segundo ele. Carvalho diz, ainda, que a ordem de prisão é in­constitucional porque ele só po­deria ser preso depois do trânsito em julgado. Ele foi transferido para a Cadeia Pública de Santa Rosa de Viterbo, onde ficará por cerca de dois dias até ser levado para outra unidade prisional.

Para o ex-vereador, “houve um equívoco administrativo que gerou um erro judiciário. Já foram feitas várias revisões, meu nome foi inscrito indevidamente na dívi­da ativa no governo Welson Gas­parini (PSDB), na gestão passada foram feitas várias revisões, mas a atual gestão interrompeu o proces­so. Espero que tenha a sensibilida­de de retomar as revisões”.

Segundo o desembargador Euvaldo Chaib, relator da ação no TJ/SP, o réu não apresentou todas as notas fiscais, não jus­tificou as compras de materiais e as contratações de serviços de terceiros, assim como não exibiu os recibos assinados. “Tratou a coisa pública como fosse privada e, o que é mais estarrecedor e im­pactante, não justificou a postura com esclarecimentos razoáveis ou sustentáveis”, sustentou.

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