O repórter fotográfico Joel Silva, com passagem por diversos veículos de imprensa em Ribeirão Preto e no Brasil, foi atacado durante o primeiro dia da Agrishow, na segunda-feira (01), em Ribeirão Preto. Ele estava trabalhando como freelancer e registrando o movimento da feira.
Segundo informações, ele registrava a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro no evento, quando atiraram uma barra de metal em sua direção, que atingiu sua câmera e teleobjetiva. Joel não sofreu ferimentos.
Ele não conseguiu identificar o agressor. Em seu perfil, em rede social, Joel Silva desabafou: “… durante minha cobertura da visita do ex-presidente e extremista de direita, Jair Messias Bolsonaro, tive uma lente e uma câmera danificadas. No meio do tumulto que se formou em volta do ex-presidente, não percebi, somente minutos depois vi que a câmera não ligava e a lente foi quebrada claramente por algo de ferro intencionalmente. Houve outras situações de intimidações e quase agressão com colegas nesta mesma cobertura. O agronegócio é um dos pilares da nossa economia, mas infelizmente está caminhando para o radicalismo e isso é o veneno que pulveriza nosso país e consequentemente o futuro de nossa economia. Vivi cobertura de extremo perigo, guerras no Oriente Médio, rebeliões sociais na África e América Central, mas o trabalho jornalístico em nosso país está muito mais perigoso. Infelizmente já estamos com um câncer instalado, a pergunta que fica é, se vamos entrar em um tratamento para evitar nossa morte. O equipamento eu compro outro, mas a liberdade se perdermos, essa fica muito cara”, lamentou.
Em seu site, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo repudiou a agressão. “O SJSP repudia mais esse ataque à liberdade de imprensa e ao exercício da profissão e orienta para que, em qualquer caso de violência, seja física, verbal ou virtual, a categoria entre em contato com o Sindicato imediatamente.”