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Jequitibá-branco passa por poda  

O tronco deve ser extraído em breve (Alfredo Risk)
Condenado, jequitibá-branco de aproximadamente 720 metros quadrados de copa e cerca dez metros de altura não existe mais (Alfredo Risk)

O jequitibá-branco “gigante” e com décadas de existência, localizado em um condomínio na Estrada da Limeirinha, em Bonfim Paulista, distrito de Ribeirão Preto, já passou por poda e o tronco deve ser extraído em breve. Apesar das queixas de ambientalistas, a prefeitura diz que a árvore já estava condenada. 
 
Em nota enviada ao Tribuna há cerca de dez dias, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente informava que o “jequitibábranco com aproximadamente 720 metros quadrados de copa e aproximadamente dez metros de altura, sofreu a queda de dois galhos de grandes dimensões ( aproximadamente mil quilogramas cada).  
 Tais quedas ocasionaram uma lesão do tronco, que , apesar de ter sido tratada com fungicidas naturais e usados na agricultura orgânica, continuou a apresentar evolução da podridão  do alburno e cerne do exemplar arbóreo”, diz o comunicado da pasta.  
 
A árvore tem sido monitorada desde o ano de 2021 quando ocorreu a primeira queda de um dos grandes galhos e, e posteriormente por um gestor ambiental contrato pelo condomínio que monitora regularmente a árvore e diante do diagnóstico pouco favorável das lesões e devido a segunda queda de galhos, no ano de 2022, a Associação dos Amigos do Residencial Fontana realizou a abertura de um protocolo junto a Secretaria de Meio Ambiente”, prossegue. 
 
Segundo a pasta, no relatório técnico ambiental a associação de moradores do residencial relata problemas estruturais na árvore. Após a primeira vistoria, foi levada em consideração ações para a manutenção do exemplar. Posteriormente, um novo relatório foi apresentado pela associação, reafirmando a necessidade de extração devido a evolução do processo degenerativo dos galhos superiores. 
 
A Secretaria do Meio Ambiente realizou uma nova vistoria para reanálise do caso, onde foi corroborada a necessidade de extração. A medida considerou a sintomatologia, tais como a presença dos ponteiros secos dos ramos e tecidos mortos no caule, indicando a senescência da árvore”, diz. 
 Ressalta que extração é necessária por causa da “localização e destinação onde o exemplar se encontra, como a proximidade das residências do entorno”. Para autorizar o serviço, a pasta ainda cita que “considerou o momento climático de grande mudança com eventos e fenômenos cada vez mais agressivos e imprevisíveis; resguardando a segurança dos moradores. 
 
Reinaldo Romero, ativista ambiental e coordenador da campanha de arborização Com Calor? Plante Árvores da Associação Cultural e Ecológica Pau Brasil, suspeita que o progresso matou o espécime. “Acredito que a árvore tenha adoecido por conta de muros que foram construídos em seu entorno e atingiram as raízes. Mas não há um diagnóstico preciso”, salienta Romero.  
 

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