Tribuna Ribeirão
Cultura

Jean William solta a voz na região

SANDRA MIMOTO

O encontro do erudito e do popular. A união de uma voz potente de tenor lírico e de um violão eclético. O projeto “Clássicos com Jean William e Rafael Altro” leva aos palcos o dueto do tenor e do violonista, numa série de cinco concertos gratuitos.

Em Sertãozinho, na Re­gião Metropolitana de Ribei­rão Preto, onde Jean William nasceu, a apresentação será nesta sexta-feira, 3 de de­zembro, às 20 horas, na praça Manoel Rodrigues Santinho (Mané Gaiola), localizada no chamado Quarteirão da Cul­tura, como parte das come­morações do 125º aniversário da cidade, que ocorre no dia 5.

Com produção de Sandra Mimoto, da Ampliart Difu­são Cultural, o projeto é re­alizado com patrocínio da Usina Santo Ângelo e Calde­ma, através da Lei de Incen­tivo à Cultura, do Ministério do Turismo. O repertório do novo concerto contempla clássicos de diferentes perío­dos da história.

Traz obras populares de Franz Schubert (1797-1828), Heitor Villa-Lobos (1887- 1959), Antonio Vivaldi (1678- 1741), Eduardo Di Capua (1865-1917), entre outros grandes compositores, com arranjos especiais. No palco, haverá momentos em que Jean e Rafael farão duetos; em outros, estarão como solistas; e também acompanhados de um grupo instrumental.

A apresentação começa de forma intimista, com “Ro­mance de Amor”, uma músi­ca tradicional no violão, no solo de Rafael Altro. Em se­guida, o músico convida Jean William para o palco para juntos apresentarem “Ave Maria” e “Serenata D.957”, ambas de Schubert. “São duas peças originais para voz e piano, e fazemos a versão voz e violão”, afirma Rafael Altro, que também é diretor musical do projeto.

De novo sozinho, o violo­nista toca o “Prelúdio nº 01”, de Villa-Lobos, introduzindo o repertório brasileiro. Os dois retomam o dueto voz e violão em “Modinha – “Se­resta nº 5” e “Melodia Sen­timental” – “A Floresta do Amazonas”, ambas de Villa­-Lobos, e “Quem Sabe”, de Carlos Gomes (1836-1896).

Depois do intervalo, Rafael Altro executa sozinho “Pavana II”, de Luis Milan, “uma peça bem curtinha para introduzir a parte barroca do concerto”, explica o músico. Em “Con­certo para alaúde em ré maior RV93”, de Vivaldi, o quarteto de cordas e o cravo se unem ao violão de Rafael Altro.

Acompanhado por cordas e cravo, Jean William canta “Come again, sweet love doth now invite”, de John Dowland (1563-1626). Rafael Altro se junta a eles para fazer a sequência final de canções famosas “Granada”, de Agus­tin Lara (1897-1970); “Tor­na Sorriento”, de Ernesto De Curtis (1875-1937); e “O Sole Mio”, de Eduardo Di Capua (1865-1917).

A escolha do programa foi feita em conjunto por Rafael Altro e Jean William. “Ten­tamos focar, principalmente, em um repertório que o pú­blico ouça e se identifique. É um tipo de democratização dessa música, que é euro­peia, elitizada”, ressalta o te­nor. “Temos ‘Ave Maria’, de Schubert, que todo mundo conhece; canções napolitanas como ‘Torna Sorriento’ e ‘O Sole Mio’; e algumas peças barrocas que talvez o público não conheça, mas precisamos oferecer novidades a ele.”

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