O Ministério da Saúde divulgou uma nota técnica na noite de quinta-feira, 25 de novembro, orientando os quatro milhões de brasileiros vacinados com o imunizante da Janssen/Johnson&Johnson a tomarem uma dose de reforço entre dois e seis meses após a primeira aplicação. A recomendação da pasta é que seja utilizada a vacina do mesmo fabricante.
Em Ribeirão Preto, a Secretaria Municipal da Saúde ainda não foi notificada pelo Estado sobre o início desta nova etapa. Além disso, a divulgação do calendário de reforço da imunização deste grupo depende da chegada de novos lotes da Janssen.
Segundo a nota do ministério, a orientação foi baseada em estudos científicos que mostram aumento significativo na imunidade após a aplicação de mais uma dose da vacina, principalmente com intervalo mais longo, de seis meses. Se a dose de reforço, segundo estudos, for aplicada com um intervalo de seis meses, os níveis de anticorpos aumentam nove vezes após uma semana com a imunização da Janssen.
Esse índice segue aumentando em até doze vezes quatro semanas após a aplicação do reforço. A nota técnica citou uma pesquisa norte-americana que demonstrou que a dose de reforço, quando aplicada com um intervalo mínimo de dois meses, fornece até 94% de proteção contra a covid-19. Com dose única do imunizante, o índice é de 75%.
O estudo também demonstrou que os níveis de anticorpos aumentaram de quatro a seis vezes com a dose de reforço. Os resultados embasaram o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, em inglês) a também recomendar a dose de reforço da Janssen. No caso de mulheres que se vacinaram com a Janssen e que estejam grávidas, a recomendação é que a dose de reforço seja feita com a vacina da Pfizer/BioNTech.
O Brasil recebeu, até agora, 6,6 milhões de doses de vacinas da Janssen. No momento, cerca de dois milhões de doses estão em análise do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS). Segundo o Ministério da Saúde, a previsão do laboratório é que mais 2,8 milhões de doses sejam entregues no começo de dezembro e o restante até o fim do mês. “Esses quantitativos são suficientes para a aplicação do reforço de quem se vacinou com a Janssen dentro do intervalo recomendado de até seis meses”, informa, em nota.