Chegou a hora do basta! O presidente genocida, responsável direto por mais de 580 mil mortos da Covid no Brasil, prepara um golpe de Estado e deve ser imediatamente barrado e defenestrado. “É chegada a hora. Esperar mais o quê? Não repitamos o velho hábito de colocar cadeado em porta arrombada”, escreve a jornalista Tereza Cruvinel, ao exigir uma reação institucional contra Bolsonaro. Ditadura é do que ele mais entende e quer a sua sobre todos nós. E, para isso continua utilizando de todos os recursos criminosos possíveis. Chega!
Nos dois discursos que fez para a sua manada nas manifestações do dia 7 de setembro, ao fazer do ministro Alexandre de Morais um alvo tão claro e direto, Jair Bolsonaro se entregou: toda a encenação golpista decorre de seu pavor de ser preso. Ele sabe que, como chefe do inquérito que investiga atos antidemocráticos, Morais já desvendou todos os crimes cometidos por ele, seus filhos e aliados, de 2018 até hoje. Seu fim é atrás das grades. Ele é um criminoso tocando fogo na cidade para fugir. Repete a figura de Nero!
Ele mostrou sua força, sem dúvida, principalmente na Avenida Paulista, mas não foi o ronco prometido, e a participação pode ter sido até frustrante, frente o aparato usado pelo governo e seus seguidores para arrebanhar o gado em diversos estados. Mas foi o suficiente para gerar imagens impactantes e permitir-lhe a retórica de que ali estava “o povo brasileiro”. Sabemos, no entanto, pelas pesquisas, que hoje menos de 30% o apoiam e nele votariam no ano que vem. Mas para inflamar a sua claque, ainda berra que só sairá morto. Vai sair, mas não morto, e sim direto para o xilindró da Papuda.
A compreensão de seus motivos e das razões do seu desatino não nos permitem, entretanto, subestimar o perigo que ele continua representando para a democracia e as instituições do Brasil. Os danos que vem causando ao país são diários. Sua estrepolia radical, própria dos imbecis e covardes, assusta até o mercado e os investidores. Eles já estão espantados com tamanha anormalidade política: o presidente se coloca fora da lei, desafia a Justiça e comete crimes de responsabilidade a céu aberto. Não dá para confiar num país assim.
O que Bolsonaro quer é muito simples. Ou STF dá um sumiço no inquérito (enquadrando Morais), ou sofrerá uma intervenção. Mais tarde diria em São Paulo que não acatará decisões de Morais e que ninguém o prenderá. Ele sabe o que fez e o que está sendo descoberto, inclusive como foi financiada sua eleição, movida a fakenews. O TSE já está no seu encalço. E também já é público também quem bancou, em 2020, os atos que embalaram o neofascismo, no início da pandemia.
Não há outro caminho a não ser o do impeachment. As reações do STF, Câmara e Senado até agora foram retóricas e pífias. Alguma reação mais contundente começa a ser ensaiada por alguns partidos, inclusive alguns do famigerado Centrão. O medo da anarquia pode contaminar a reeleição dos apaniguados e aí reside o perigo para Bolsonaro. Já se delineiam no horizonte mudanças de posição de vários deputados que até ontem rezavam na sua cartilha. O fim do genocida será, ao mesmo tempo, melancólico e trágico: abandonado pelos seus.
Diante de tanto desatino, eu pergunto: por que mesmo que Dilma Rousseff foi cassada? Ah… pelas tais pedaladas fiscais. Ela foi tirada a fórceps do governo por uma peça exclusivamente política. Não houve nenhuma razão técnica e jurídica. Não foi denunciada por nenhum crime. No entanto, um criminoso contumaz permanece encastelado no poder em Brasília provocando toda sorte de malefícios ao povo brasileiro. Chegou a hora do basta! Chega! Impeachment já!