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‘Isso non ecziste’ – O amigo do Padre Quevedo

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Uma das figuras mais po­lêmicas do final dos anos 90 e início dos anos 2000 mor­reu na madrugada da últi­ma quarta-feira (9). Óscar González-Quevedo ou Padre Quevedo, como era conhe­cido o jesuíta espanhol radi­cado no Brasil, faleceu aos 88 anos, em Belo Horizonte, ví­tima de problemas cardíacos. No auge da fama, quando participava de programas de TV e desmascarava fenôme­nos ou pessoas com poderes paranormais, com seu famo­so bordão “isso non ecziste”, Quevedo viajava o Brasil e teve muitas passagens pela região de Ribeirão Preto, onde fez amizades. A casa da família Sobral, em Taquari­tinga, era um dos locais fre­quentados pelo padre.

Momentos do Padre Quevedo com a família Sobral

O advogado e professor universitário Cláudio Tadeu Rosário Sobral conta que teve o primeiro contato com Padre Quevedo em um curso de parapsicologia que ele mi­nistrou na cidade. “Ele ficou hospedado em casa. Fizemos amizade que continuou por anos”, diz Sobral.

Sobral sofria de claustro­fobia e com a ajuda do Cen­tro Latino Americano de Pa­rapsicologia, o qual Quevedo era diretor, conseguiu ‘quase’ acabar com a doença. “Digo quase porque tem alguns momentos que ainda sofro, como por exemplo, ao usar elevador”, brinca.

Ele não viajava de avião. Mas em uma viagem ao Mé­xico, ao lado de Quevedo e amigos, sentiu que estava no caminho da cura. “Foi minha primeira viagem de avião. Eu morria de medo, mas foi inesquecível. Fomos visitar a Basílica de Guadalupe. Lem­bro-me de muitos momen­tos. Em um deles, o Padre Quevedo que não admitia o uso da palavra milagre, con­cordou com o milagre de Guadalupe. Ele até disse que foi ali que ele realmente ha­via se convertido, pois os pais eram espíritas”, lembra.

“Ele era uma pessoa mui­to humilde. Ele dizia que a humildade não era o forte dele, porque ele desmasca­rava muita gente. Mas era humilde sim. Humilde e simpático. Não tinha ganân­cia. Dizia que não queria re­ceber por suas aparições na TV porque o papel dele era evangelizar”, conta.

Sobral relata que tentou falar com o amigo no aniver­sário dele, em 15 de dezem­bro. “Mas não consegui. Li­guei na casa de repouso, mas diferente das outras vezes, não consegui manter o con­tato. Fica a lembrança de um bom homem”, finaliza.

Quem foi Padre Quevedo
Espanhol, de Madri, Oscar González Que vedo, fugiu para a península de Gibraltar depois que o pai, de putado tradicionalista, foi preso e fuzilado. Anos depois v eio para a cidade de São P aulo pela sua relação com a Faculdade Anchieta, ligada aos Jesuítas. Trabalhou como professor universitário de parapsicologia no Centro Universitário Salesiano de São Paulo e no Centro Latino -Americano de Parapsicologia (CLAP).

 

Na infância morou com tios que eram espíritas o que des ­pertou o interesse pelo sobrenatural e ocultismo. Formado em psicologia, na Espanha, foi se aper feiçoar em parapsicologia depois que se tornou Jesuíta.

Na TV participou de vários programas, com destaques no Fantástico, na Rede Globo, e Pr ograma do Ratinho, no SB T. Escreveu alguns livros sobre parapsicologia e passou os últimos anos da sua vida em uma casa de repouso mantida pelos Jesuí­tas, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

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