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Irmão e ex-namorado também foram executados: os mistérios que envolvem a morte da publicitária

Além de Dayane, outras duas pessoas foram executadas a tiros, uma delas irmão da mulher morta na noite do último domingo (04)

Dayane conversava com amiga quando foi executada na zona Oeste da cidade (Foto: Redes Sociais)

A Polícia Civil investiga a morte da publicitária Dayane Isabel Roncari, de 33 anos, ocorrida na noite de domingo (04). A mulher foi vítima de uma execução, enquanto conversava com uma amiga, na calçada da Rua Alberto de Oliveira, Jardim Maria Goretti, zona Oeste de Ribeirão Preto.

Dois homens chegaram em um carro preto. Estavam encapuzados. Ao descer e se aproximar, teriam gritado “polícia” e começaram a disparar. A perícia contou pelo menos 30 cápsulas de cartucho 9mm.

Perícia encontrou pelo menos 30 projéteis calibre 9 mm no local do crime (Foto: X-Tudo Ribeirão)

A vítima foi morta com tiros na cabeça, braços, pernas, peito e seios. Morreu antes que pudesse ser socorrida. Os homens fugiram em seguida. A amiga de Dayane nada sofreu. O delegado Rodolfo Latife Sebba descartou feminicídio. Ele acredita que isso tenha a “assinatura” do crime organizado.

Atropelamento e morte

A vítima da execução já havia sido presa anteriormente. Em 05 de outubro de 2018 ela estava com duas amigas em uma SUV Honda de sua mãe, quando atropelou um casal em uma motocicleta Honda Biz na Avenida Luiz Galvão César, Parque das Andorinhas, zona Oeste da cidade. Aguardou a chegada da Polícia Militar e teria dito que foi um acidente.

Ester morreu no local do atropelamento, mas Wendell sobreviveu, apesar dos ferimentos (Fotos: Redes Sociais)

Porém, testemunhas disseram que ela atropelou a mulher que seguia com o condutor da moto duas vezes. Ester Lisboa Ribeiro Santos, de 18 anos, morreu na hora. A moto e o capacete usado pela vítima fatal eram de Dayane. O condutor era Wendell Souza de Almeida, então com 26 anos, ex-namorado da mulher que se envolveu no acidente.

Testemunhas disseram que ela teria brigado com o condutor, mesmo muito ferido e caído no asfalto. Wendel foi levado para o hospital em estado gravíssimo, mas acabou sobrevivendo. Apesar da alegação da defesa de que foi um acidente, Dayane foi presa e ficou por seis meses até conseguir um habeas corpus e responder em liberdade.

Execução do ex

Em 16 de junho de 2021, o ex-namorado Wendell, já recuperado do acidente, foi executado a tiros. O rapaz de 29 anos, estava na calçada em frente sua casa, na Rua Artur Fracadosso, Parque das Figueiras, zona Norte de Ribeirão Preto. Conversava com dois amigos.

Dois homens chegaram em um VW Gol branco. Desceram e dispararam mais de 30 vezes contra Wendell. Os outros dois conseguiram fugir e saíram ilesos. As armas dos atiradores eram 9mm.

Wendell foi executado na frente de sua casa, no Parque das Figueiras (Foto: X-Tudo Ribeirão/Arquivo)

Cerca de um mês depois, durante uma operação da Polícia Civil no distrito de Ibitiúva, em Pitangueiras, os agentes encontraram três carros em um assentamento. Um deles era um Gol branco. Outro era um carro em nome do pai de Dayana.

Um dos presos seria um homem de alta periculosidade, ligado a uma facção criminosa. A Polícia Civil investigou este caso, mas não estabeleceu ligação direta com a execução de Wendell.

Morte do irmão

No dia 17 de março de 2022, Carlos Augusto Roncari, de 27 anos, irmão de Dayane, foi morto a tiros. O rapaz seguia pela Rodovia Antônio Duarte Nogueira (SP-322), o Anel Viário Sul quando, próximo à Avenida Patriarca, foi morto a tiros.

Ele estava na caminhonete da empresa da família e seguia para Sertãozinho, quando um Gol branco ficou lado a lado e vários tiros foram disparados. Carlos morreu na hora e o carro só parou no canteiro central da pista.

Delegado não descarta haver ligação entre as execuções da publicitária, seu irmão e o ex-namorado (Foto: Alfredo Risk/Arquivo)

Condenação

Em fevereiro do ano passado, Dayane foi levada a júri popular, que a condenou a sete anos e nove meses de prisão, em regime semiaberto pelo homicídio doloso de Ester e tentativa de homicídio contra Wendell. A defesa recorreu e ela aguardava o recurso em liberdade até ser morta.

O delegado que investiga o caso, Rodolfo Latife Sebba, não descarta que haja ligação entre os casos de Dayane, seu irmão Carlos e seu ex-namorado Wendell. As três mortes ocorreram em um período inferior a três anos. As investigações prosseguem.

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