Tribuna Ribeirão
Política

IPM vai receber mais R$ 40 mi da prefeitura

A Câmara de Vereadores au­torizou, nesta terça-feira, 18 de dezembro, repasse de mais R$ 40 milhões da prefeitura de Ribeirão Preto para o Instituto de Previ­dência dos Municipiários (IPM). A proposta foi aprovada por una­nimidade – 26 votos a favor. Os recursos serão utilizados para o pagamento da segunda parcela do décimo terceiro e do salário de dezembro de aposentados e pen­sionistas que pertencem ao Fun­do Financeiro. Trata-se de uma obrigação legal estabelecida pela lei complementar nº 2.836, de 9 de novembro de 2017.

Segundo a legislação, quando ocorrer insuficiência de recursos para pagamento dos benefícios dos segurados deste fundo fi­nanceiro, caberá ao município a complementação. Segundo a ad­ministração municipal, o repasse orçado em R$ 100 milhões para este ano, deverá chegar aos R$ 230 milhões, até dezembro, por causa do aumento do número de apo­sentadorias verificado este ano. Dados da Secretaria Municipal da Fazenda revelam que atualmente existem mais de mil servidores com condição legal para se apo­sentar. O IPM tem cerca de 5.747 beneficiários – são 4.414 aposen­tados e 1.333 pensionistas.

A folha de pagamento dos aposentados e pensionistas do IPM é de R$ 36,66 milhões men­sais. No caso dos inativos o muni­cípio complementa o que não é obtido com a contribuição previ­denciária, seja dos trabalhadores ou da prefeitura. Os servidores re­colhem 11% do salário e o gover­no, 22%. Atualmente o órgão tem dois fundos para o pagamento de aposentadorias e pensões: o finan­ceiro e o previdenciário.

O Fundo Financeiro não tem reserva de recursos e é responsável pelo pagamento das aposentado­rias de cerca de 5.500 aposentados e pensionistas que ingressaram na prefeitura antes de 2011 e já se aposentaram. Este pagamento é feito com o dinheiro obtido men­salmente através das contribuições previdenciárias dos servidores ati­vos que também ingressaram na administração antes de 2011, mas, ainda estão na ativa. O sistema é semelhante ao do Instituto Nacio­nal do Seguro Social (INSS), no qual quem trabalha com registro em carteira paga para aqueles que se já estão aposentados.

O grande problema do Fun­do Financeiro é que os recursos oriundos das contribuições dos servidores municipais que estão na ativa não cobrem o valor ne­cessário para pagar as aposenta­dorias. Resultado: por força de lei municipal, a prefeitura é obrigada a complementar a diferença. Já o déficit atuarial, ou seja, o que o IPM precisaria para o pagamen­to das aposentadorias caso todos servidores se aposentassem – con­siderando a expectativa de vida do brasileiro – é de R$ 15 bilhões.

O outro sistema é o do Fundo Previdenciário. Ele é semelhante a uma previdência complemen­tar individual, só que no caso do município é coletivo. Criado em 2011 ele estabelece que todo ser­vidor contratado a partir daquele ano tenha suas contribuições pre­videnciárias recolhidas para este fundo de reserva que será respon­sável pelo pagamento de sua apo­sentadoria quando isto acontecer.

Uma espécie de poupan­ça que tem dado rendimentos acima da inflação de 6%. Atu­almente ele tem R$ 400 milhões em reserva e será responsável pelo pagamento de 4 mil apo­sentados e pensionistas. Poucos servidores estão aposentados por este sistema. Vale lembrar que os recursos dos contribuin­tes do Fundo Previdenciário não podem, em hipótese alguma, se­rem utilizados para o pagamen­to aos do Fundo Financeiro.

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