Tribuna Ribeirão
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IPM apresenta plano de capitalização

Fachada do IPM de Ribeirão Preto - Foto Alfredo Risk

O Instituto de Previdência dos Municipiários realiza nesta quarta-feira, 17 de novembro, reunião plenária para explicar ao Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis (SSM/ RPGP) a medida que altera a forma de capitalização do Pla­no Previdenciário do órgão.

O Plano ou Fundo Previ­denciário é uma espécie de poupança onde são deposita­das as contribuições previden­ciárias mensais dos servidores para o pagamento das futuras aposentadorias, além da parte patronal da prefeitura. Atual­mente, é capitalizado com o re­passe dos valores arrecadados com a Dívida Ativa, estabeleci­do pela lei municipal número 2.988/2019.

No entanto, a Secretaria da Previdência do Governo Federal indicou a substituição do aporte da dívida ativa pela retenção do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) inci­dente sobre a folha de paga­mentos dos servidores ativos, inativos e nos serviços presta­dos no município.

Segundo o IPM, o obje­tivo da plenária é esclarecer dúvidas, apresentar o estudo atuarial realizado para aferir a efetividade da medida e o impacto que trará no equi­líbrio financeiro do Plano Previdenciário do instituto. No final de julho, o IPM di­vulgou que havia reduzido o déficit atuarial de R$ 18,04 bilhões para R$ 7,2 bilhões.

A queda chega a 60%, com economia de R$ 10,84 bilhões. O déficit atuarial é a projeção dos recursos necessá­rios para bancar aposentado­rias e pensões no futuro. Entre as ações de reestruturação lis­tadas pelo IPM, destacam-se a aprovação das leis sobre a segregação da massa de segu­rados em Plano Financeiro e Plano Previdenciário.

Também instituiu o Regi­me de Previdência Comple­mentar para os servidores mu­nicipais e fixou limite máximo para a concessão de aposenta­dorias e pensões. Os aportes feitos anualmente pela prefei­tura ao IPM também foram divulgados na época. Foram R$ 214.939.096,27 em 2018, mais R$ 237.818.576,52 em 2019 e R$ 171.773.605,73 no ano passado.

Para 2021, a previsão de apor­te chega a R$ 223.959.744,00. Em fevereiro do ano passado, a pre­feitura conseguiu aprovar, na Câmara de Vereadores, a nova previdência municipal. Todos os servidores concursados que foram admitidos de março daquele ano para cá, quando se aposentarem, vão receber o teto do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), que hoje é de R$ R$ 6.101,06.

Quem quiser receber um valor maior quando estiver na inatividade terá de pagar apo­sentadoria complementar. A alíquota dos funcionários pú­blicos da ativa saltou de 11% para 14% do salário bruto. Já a fatia da prefeitura passou de 22% para 28%. Atualmente o Instituto tem 6.480 aposen­tados e pensionistas. A ad­ministração municipal tem 14.969 servidores da ativa que futuramente precisarão do órgão previdenciário.

A prefeitura de Ribei­rão Preto gasta, por mês, R$ 97.383.050,58 com a folha de pagamento dos servidores municipais ativos da adminis­tração direta e com os aposen­tados e pensionistas. O valor referente aos funcionários ativos é de R$ 54.601.277,26. Já a folha de inativos é de R$ 42.781.773,32 mensais. Em um ano, contando com o décimo terceiro salário, o total chega a R$ 1.265.979.657,564.

A plenária será realizada no Auditório Lino Stram­bi, no prédio da Associação Comercial e Industrial de Ri­beirão Preto (Acirp), na rua Visconde de Inhaúma nº 489, das nove às 12 horas. O Tri­buna questionou o IPM sobre a estimativa de arrecadação, mas foi informado que todos os dados só serão divulgados na audiência.

IR retido é dos municípios
Os recursos do Imposto de Renda (IR) retidos na fonte pa­gos pelos Estados e municípios pertencem a estes entes federa­tivos, conforme decisão do Su­premo Tribunal Federal (STF). O julgamento foi concluído no dia 8 de outubro.

Além de confirmar o po­sicionamento da Confedera­ção Nacional de Municípios (CNM), pôs fim à luta enga­jada pela entidade para re­verter entendimento da Re­ceita Federal do Brasil (RFB). Desde 2016 o Fisco Receita entendia que estes recursos pertencem à União.

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