Tribuna Ribeirão
Economia

IPCA Inflação sobe para 0,26% em junho

MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL

A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Am­plo (IPCA), ficou em 0,26% em junho, ante 0,01% do mes­mo período do ano passado. É a primeira alta em três meses, depois de duas quedas de pre­ços consecutivas – em maio (-0,38%) e em abril (-0,31%).

Com o resultado de junho, o indexador acumula inflação de 0,10% no ano e de 2,13% em doze meses. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 10 de julho, pelo Instituto Brasi­leiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os principais respon­sáveis pela inflação em junho foram os alimentos e bebidas.

Estes itens tiveram alta de preços de 0,38% por causa da inflação de produtos como as carnes (1,19%), leite longa vida (2,33%), arroz (2,74%), feijão carioca (4,96%) e quei­jo (2,48%). A refeição fora de casa também teve alta de pre­ços (0,22%).

Os transportes também ti­veram impacto importante no IPCA de junho, ao registrarem inflação de 0,31%, devido a al­tas de preços de itens como ga­solina (3,24%), etanol (5,74%), gás veicular (1,01%) e óleo diesel (0,04%). Outro grupo de despesa com inflação em junho foi o de habitação (0,04%).

Também subiram os preços do artigos de resi­dência (1,30%), saúde e cui­dados pessoais (0,35%), edu­cação (0,05%) e comunicação (0,75%). Ao mesmo tempo, dois grupos de despesas tive­ram queda de preços (defla­ção): vestuário (-0,46%) e des­pesas pessoais (-0,05%).

O IPCA de 0,26% em ju­nho é o mais elevado desde dezembro, quando havia au­mentado 1,15%, segundo o IBGE. Com o resultado, a taxa acumulada em doze meses acelerou de 1,88% em maio para 2,13% em junho, ante uma meta de 4% perseguida pelo Banco Central este ano.

O indexador encerrou 2019 em 4,31%, acima do centro da meta do Banco Central, de 4,25%. As famílias voltaram a gastar mais com alimentos no mês de junho. O grupo alimen­tação e bebidas saiu de uma taxa de 0,24% em maio para avanço de 0,38%, uma contri­buição de 0,08 ponto percentu­al para o IPCA.

Os alimentos para con­sumo no domicílio passa­ram de aumento de 0,33% em maio para elevação de 0,45% em junho. Por outro lado, ficaram mais baratos o tomate (-15,04%) e a cenou­ra (-8,88%). Em relação à ali­mentação fora do domicílio, o lanche subiu 1,01%, uma contribuição de 0,02 ponto percentual no IPCA de junho.

INPC
O Índice Nacional de Pre­ços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para fa­mílias com renda até cinco salários mínimos (R$ 5.225), registrou inflação de 0,30% em junho deste ano. A taxa veio depois de uma deflação (queda de preços) de 0,25% em maio. De acordo com o IBGE, o INPC acumula taxas de infla­ção de 0,36% no ano e de 2,35% em doze meses.

Portanto, o INPC ficou aci­ma da inflação oficial, medida pelo IPCA, que ficou em 0,26% em junho e que acumula ta­xas de 0,10% no ano e 2,13% em doze meses. Em junho, segundo o INPC, os produtos alimentícios tiveram alta de preços de 0,37%, enquanto os não alimentícios registraram inflação de 0,28%.

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