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IPCA fecha setembro em 0,44% 

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo saltou de deflação de 0,02% em agosto para inflação de 0,44% em setembro    

A alta de 5,36% na energia elétrica residencial exerceu a maior pressão sobre a inflação de setembro, uma contribuição de 0,21 ponto percentual (Pixabay)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – indexador oficial – avançou de deflação de 0,02% em agosto para inflação de 0,44% em setembro, aumento de 0,46 ponto percentual, após alta de 0,38% em julho, de 0,21% em junho, 0,46% em maio, 0,38% em abril, 0,16% em março, 0,83% em fevereiro e 0,42% em janeiro. Os dados foram divulgados na manhã desta quarta-feira, 9 de outubro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

É a inflação mais alta desde maio deste ano, quando ficou em 0,46% de 2022. Considerando apenas meses de setembro, a taxa foi a mais elevada para o mês desde 2021, quando avançou 1,16%. No mesmo período do ano passado houve inflação de 0,26%. A taxa acumulada pela inflação no ano está em 3,31%, ante 2,85% até agosto, 2,87% até julho, 2,48% até junho, 2,27% até maio e 1,80% até abril.

Como consequência, o índice em doze meses voltou a acelerar, de 4,24% em agosto para 4,42% em setembro, ante 4,50% em julho, e 4,23% em junho. Era de 3,93% até maio. Estava em 3,69% até abril – a menor desde junho de 2023, quando estava em 3,16%. A meta de inflação perseguida pelo Banco Central em 2024 é de 3,0%, com teto de tolerância de 4,50%.

O consumo alimentar nas residências das famílias brasileiras registrou alta de 0,56%, impactado pelos aumentos de preços da carne bovina e de frutas como laranja, limão e mamão. Por sua vez, no quesito alimentação fora do domicílio, a variação (0,34%) foi próxima à do mês anterior (0,33%).

A alta de 5,36% na energia elétrica residencial exerceu a maior pressão sobre a inflação de setembro, uma contribuição de 0,21 ponto percentual. Figuraram ainda no ranking de principais pressões sobre o IPCA de setembro o gás de botijão (0,03 p.p.), passagem aérea (0,03 p p.), plano de saúde (0,02 p.p.), perfume (0,02 p.p.), café moído (0,02 p.p.) e contrafilé (0,02 p.p.).

“A mudança de bandeira tarifária de verde em agosto, onde não havia cobrança adicional nas contas de luz, para vermelha patamar um, por causa do nível dos reservatórios, foi o principal motivo para essa alta. A bandeira vermelha – patamar um – acrescenta R$ 4,46, aproximadamente, a cada 100 kwh consumidos”, explica o gerente da pesquisa, André Almeida, em nota.

Na direção oposta, o principal alívio partiu do cinema, teatro e concertos, com queda de preços de 8,75% e influência de -0,04 ponto percentual. Houve contribuição negativa também da cebola (-0,03 ponto percentual), seguro voluntário de veículos (-0,02 ponto), batata-inglesa (-0,02 ponto percentual) e tomate (-0,01 ponto).

“Em setembro, ocorreu a semana do cinema, uma campanha nacional em que diversas redes ao redor do país praticaram preços promocionais ao longo de uma semana. Essas promoções contribuíram para a queda de mais de 8% neste subitem”, completa o analista do IBGE.

Serviços – A inflação de serviços – usada como termômetro de pressões de demanda sobre os preços – passou de um aumento de 0,24% em agosto para uma alta de 0,15% em setembro. Os preços de itens monitorados pelo governo saíram de queda de 0,12% em agosto para elevação de 1,01% em setembro.

No acumulado em doze meses, a inflação de serviços passou de 5,18% em agosto para 4,82% em setembro, a mais baixa desde junho de 2024, quando era de 4,49%.  A inflação de monitorados em doze meses saiu de 5,58% em agosto para 5,48% em setembro, a mais baixa desde julho de 2023, quando estava em 3,64%.

Difusão – O índice de difusão do IPCA, que mostra o percentual de itens com aumentos de preços, se manteve em 56% em setembro, ante também 56% em agosto. A difusão de itens alimentícios passou de 49% em agosto para 59% em setembro. Já a difusão de itens não alimentícios saiu de 62% em agosto para 55% em setembro.

Grupos – Seis dos nove grupos que integram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo registraram altas de preços em setembro. Houve deflação em Artigos de residência (queda de 0,19% e impacto de -0,01 ponto percentual), Despesas pessoais (-0,31% e impacto de -0,03 ponto percentual) e Comunicação (-0,05% e 0,00 ponto percentual).

Os aumentos foram registrados em Alimentação e bebidas (0,50%, impacto de 0,11 p.p.), Saúde e cuidados pessoais (0,46%, impacto de 0,06 ponto percentual), Vestuário (0,18% e impacto de 0,01 ponto), Habitação (1,80%, impacto de 0,27 p.p.), Educação (0,05%, sem impacto) e Transportes (0,14% e impacto de 0,03 ponto percentual).

INPC – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve elevação de 0,48% em setembro, após uma redução de 0,14% em agosto. Com o resultado, o índice acumula uma elevação de 3,29% no ano, ante 2,80% até agosto. A taxa em doze meses foi de 4,09%, contra 3,71% dop mês anterior. Em setembro de 2023, o INPC tinha sido de 0,11%. O INPC mede a variação dos preços para as famílias com renda de um a cinco salários mínimos e chefiadas por assalariados.
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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