O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que calcula a inflação oficial do país, ficou em 0,43% em fevereiro deste ano. A taxa é superior ao 0,32% de janeiro, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 12 de março, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O IPCA acumula taxas de 0,75% no ano e de 3,89% em doze meses, de acordo com o IBGE. A inflação acumulada em doze meses ficou pouco abaixo da meta da inflação do governo federal, que é 4,25%. A de fevereiro foi puxada principalmente pelos alimentos, que tiveram alta de 0,78% no mês, e pelos gastos com educação, que cresceram 3,56% no período.
Entre os responsáveis pela alta de preços do grupo alimentação estão o feijão-carioca (51,58%) – em Ribeirão Preto, o produto chega a ser encontrado a R$ 11,90 nas prateleiras de alguns supermercados –, a batata-inglesa (25,21%), as hortaliças (12,13%) e o leite longa vida (2,41%). Os gastos com educação foram puxados pelos reajustes praticados no início do ano letivo.
As mensalidades dos cursos regulares subiram, em média, 4,58% e foram o item individual que mais contribuiu para o resultado do IPCA em fevereiro. Também registraram inflação os grupos habitação (0,38%), artigos de residência (0,2%), saúde e cuidados pessoais (0,49%) e despesas pessoais (0,18%). Os custos com comunicação permaneceram estáveis em relação a janeiro. Por outro lado, registraram deflação (queda de preços) os grupos vestuário (0,33%) e transportes (0,34%).
Renda mais baixa
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que calcula a inflação para famílias com renda até cinco salários mínimos (R$ 4.990,00), ficou em 0,54% em fevereiro. O resultado é superior ao 0,36% registrado em janeiro e ao 0,43% da inflação oficial em fevereiro. O indexador acumula taxas de 0,9% no ano e de 3,94% em doze meses, ambas também acima das registradas pelo IPCA nesses períodos: 0,75% no ano e 3,89% em 12 meses.
Os preços dos produtos alimentícios subiram 0,94% em fevereiro, ante 0,9% em janeiro. Já os não alimentícios tiveram inflação de 0,37% em fevereiro, também acima do resultado de janeiro (0,13%). Instituições financeiras, consultadas pelo Banco Central (BC), aumentaram levemente a estimativa para a inflação este ano.
A previsão para o IPCA passou de 3,85% para 3,87%. Em relação a 2020, a previsão permanece em 4%. Para 2021 e 2022, também não houve alteração na estimativa: 3,75%. As projeções estão no boletim Focus, publicação semanal elaborada com base em estimativas de instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos.