O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou deflação de 0,59% neste mês de maio. A taxa é menor do que a observada no mesmo período do ano passado (0,35%) e em abril deste ano (-0,01%) – fechou o mês com queda de preços de 0,31%. O IPCA encerrou 2019 em 4,31%, acima do centro da meta do Banco Central, de 4,25%.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a deflação de 0,59% em maio é a menor variação mensal do IPCA-15 desde o início do Plano Real, em 1994. Com o resultado, o indexador acumula taxas de inflação de 0,35% no ano e de 1,96% em doze meses. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco apresentaram deflação em maio.
Os transportes registraram a maior queda de preços (-3,15%) e foram os principais responsáveis pelo resultado do IPCA-15 neste mês. Os preços dos combustíveis recuaram 8,54%, puxados pela gasolina (-8,51%). O etanol recuou 10,40%, o óleo diesel, 5,50% e o gás veicular, 1,21%. As passagens aéreas saíram de uma alta de 14,83% em abril para uma queda de 27,08% em maio. Houve reduções de tarifas em todas as áreas pesquisadas.
Outros grupos com deflação foram habitação (-0,27%), vestuário (-0,20%), saúde e cuidados pessoais (-0,13%) e despesas pessoais (-0,09%). Por outro lado, os alimentos e bebidas, com alta de preços de 0,46%, evitaram uma queda maior do IPCA-15. Entre os itens com maior inflação destacam-se a cebola (33,59%), a batata-inglesa (16,91%), o feijão-carioca (13,62%), o alho (5,22%) e o arroz (2,59%). Por outro lado, a cenoura saiu de uma alta de 31,67% no IPCA- 15 de abril para uma queda de 6,41% em maio.
As carnes recuaram 1,33%. A alimentação fora do domicílio desacelerou de alta de 0,94% em abril para aumento de 0,13% em maio. O lanche ficou 0,64% mais caro em maio, após ter subido 3,23% em abril. Outros grupos de despesa com inflação foram artigos de residência (0,45%), educação (0,01%) e comunicação (0,22%). Em artigos de residência, houve aumentos nos itens TV, som e informática (2,81%) e eletrodomésticos e equipamentos (0,89%). Os itens de mobiliário ficaram 1,82% mais baratos.