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Investimento em saúde recua 2,1%

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Dados do anuário Multi Cidades – Finanças dos Mu­nicípios do Brasil, lançado em outubro pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), apontam que entre as 37 cidades selecio­nadas da Região Sudeste e que apresentaram dados, 27 am­pliaram os recursos aplicados em saúde em 2019 e dez apre­sentaram retração.

Ribeirão Preto, porém, está na contramão. Segundo a Frente Nacional de Prefeitos, o mon­tante destinado à saúde na cida­de caiu de R$ 670,18 milhões em 2018 para R$ 656,30 milhões no ano passado, queda de 2,1% e R$ 13,88 milhões a menos.

A Lei de Diretrizes Orça­mentárias (LOA) previa aporte de R$ 616,26 milhões em 2018 e de R$ 650,20 milhões para a Secretaria Municipal da Saúde no ano passado, aumento de 5,5% e acréscimo de R$ 33,94 milhões em relação ao período anterior (números arredonda­dos, veja mais abaixo). Mesmo assim, Ribeirão Preto aparece em 10º lugar no ranking dos maiores investimentos no setor na Região Sudeste.

A LOA deste ano prevê re­ceita e despesa de R$ 678,07 milhões. Para 2021, o a peça or­çamentária estima repasse de R$ 692,10 milhões para a Secretaria Municipal da Saúde, R$ 14,03 milhões a mais e alta de 2,06%. Ainda de acordo com a FNP, no ano passado, quando Ribeirão Preto tinha 703.293 habitantes, o investimento per capita em saúde foi de R$ 933,19.

O Tribuna questionou a prefeitura sobre por que os dados do anuário não são os mesmos do Portal Transparên­cia da Secretaria Municipal da Saúde, que aponta investimen­to de R$ 616.259.851,46 em 2018 e de R$ 650.199.355,00 no ano seguinte, R$ 33.939.503,54 a mais e alta de 5,5%.

Diz o texto enviado pela assessoria: “A Secretaria Mu­nicipal da Saúde informa que os dados disponibilizados no Portal da Transparência do Município – área da Saúde são dados oficiais, de acordo com o Relatório do Sistema de Infor­mação e Orçamento Público em Saúde – SIOPS e lei com­plementar nº 141/2012”.

Segundo a FNP, o maior incremento foi registrado em Serra (ES), com aumento de 26,9%, passando de um gasto de R$ 225,2 milhões em 2018 para R$ 285,7 milhões em 2019. Em seguida, Montes Claros (MG), com ampliação de 25,2% com as despesas na área, saindo de R$ 299,6 milhões para R$ 375 milhões no período analisado. Entre os municípios selecio­nados, destaques ainda para Nova Iguaçu (RJ), Santos (SP), São Gonçalo (RJ), Osasco (SP) e Uberlândia (MG) com altas de 16,6%, 15,9%, 12,1%, 11,7% e 11%, respectivamente. Os va­lores são corrigidos pela média anual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indexador oficial da in­flação, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre as quatro capitais, Belo Horizonte (MG) foi a que teve o maior incremento em gastos com saúde, com 10,1%, passan­do de R$ 3,5 bilhões para R$ 3,8 bilhões no período analisado. A cidade também teve o maior gasto per capita em saúde entre as cidades selecionadas para o estudo, sendo R$ 1.515,86 por pessoa, enquanto que a média da região foi de R$ 880,79.

São Paulo (SP) e Vitória (ES) registraram, respectivamente, aumento de 5,3% e 2,1% nos gastos com a área. O município do Rio de Janeiro foi a única capital a registrar retração, de 2,9%, caindo de R$ 4,8 bilhões para 4,7 bilhões. Dentre cidades selecionadas, a que obteve maior queda foi Ribeirão das Neves (MG), de 11,7%, caindo de R$ 158,9 milhões em 2018 para R$ 140,3 milhões em 2019.

Em sua 16ª edição, o anu­ário Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil utiliza como base números da Secreta­ria do Tesouro Nacional (STN) e do IBGE, apresentando uma análise do comportamento dos principais itens da receita e des­pesa municipal.

São eles o Imposto Sobre Serviços (ISS), Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Im­posto sobre Circulação de Mer­cadorias e Serviços (ICMS) e Fundo de Participação dos Mu­nicípios (FPM), despesas com pessoal, investimento, dívida, saúde, educação e outros.

Consolidada como um ins­trumento de consulta e auxílio no planejamento dos municí­pios, a publicação traz como no­vidade nesta edição informações sobre os impactos da pandemia do novo coronavírus nas finan­ças municipais no primeiro se­mestre de 2020.

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