Intoxicação alimentar é o resultado de uma reação à comida ou à água contaminadas durante o preparo, manipulação ou armazenamento dos alimentos. É uma doença causada por vírus, bactérias, parasitas ou toxinas encontradas nos alimentos ou na água. É tão comum que chega a acometer mais de dois milhões de brasileiros por ano.
Eles são encontrados principalmente na carne crua, frango, peixe, ovos, etc, mas podem ser encontrados em quaisquer alimentos. Um evento comum capaz de causar intoxicação alimentar é quando a pessoa não lava as mãos antes das refeições.
Um fato curioso é que na maioria das vezes a intoxicação alimentar é suave e desaparece em poucos dias. Mas pode acontecer também que a intoxicação alimentar seja um caso bastante sério e a pessoa necessita de uma consulta médica.
Eu, como médico e professor de medicina durante muitos anos sempre recomendo assim: se a pessoa tem qualquer transtorno na sua saúde seja ele qual for, eu recomendo uma consulta com um médico clínico geral.
A ideia de que “isso não é nada” ou “isso é assim mesmo” pode algumas vezes levar a problemas sérios para a saúde de qualquer pessoa. Em suma: como médico do setor de emergência já tive a oportunidade de atender situações graves por que a pessoa achava eu não era nada.
Assim, uma consulta com um médico clínico geral é recomendada diante de qualquer pessoa que está tendo um transtorno de qualquer tipo. As causas de intoxicação alimentar são: durante o processamento dos alimentos, em que bactérias do intestino de animais entram em contato com as carnes a serem consumidas; durante o crescimento do alimento como frutas e vegetais frescos se forem lavados com água contaminada.
Durante manipulação de alimentos estes podem ser contaminados pelas mãos de quem está preparando o s alimentos e, finalmente, a contaminação pode ocorrer através do meio ambiente como água poluída, sujeira, poeira, etc; podem contaminar alimentos que comemos.
Como qualquer doença, entre as muitas que temos comentado aqui mesmo nesse espaço e que afligem as pessoas, a intoxicação alimentar também está relacionada com determinadas condições que fazem com que a doença se inicie ou que agrava condições pré-existentes: são os chamados fatores de risco.
No caso específico da intoxicação alimentar, as pessoas com maior risco de adoecer com a doença são: os idosos, as grávidas, os bebês e crianças pequenas ou maiores, porque seus sistemas de defesa ainda não estão plenamente desenvolvidos; e ainda os portadores de doenças crônicas como diabetes, hepatites, portadores do HIV ou as que estão em tratamento para qualquer tipo de câncer ou de doenças da tireoide como o hipotireoidismo ou hipertireoidismo, dos rins, dos pulmões entre outras.
São condições que aumentam o risco de intoxicação alimentar o consumo de bebidas não-pasteurizadas, comer carne crua ou mal cozida, e ainda consumir alimentos e ou líquidos que foram contaminados durante o processamento ou pelo descuido na preparação.
Os sintomas de intoxicação alimentar começam com estômago ruim, vontade vomitar, vômitos, dor de barriga, diarreia e até febre.
Entre as medidas que são apropriadas já desde o início são tomar bastante água, que deve ser sem gás, água de coco e soro hidratante. Em suma: uma hidratação abundante de cerca de dois litros por dia é necessária, mas uma consulta com um médico clínico geral é recomendada. Uma alimentação leve como sopa de legumes, caldo de galinha, sopa de arroz, etc.
Em resumo: comida leve. Uma recomendação importante é não tomar antibiótico por conta própria de jeito nenhum, pois em algumas situações pode piorar a evolução da doença.
Em geral, a intoxicação alimentar regride em poucos dias. Seguir as orientações de seu médico é fundamental e assim a pessoa pode ficar livre e o quanto antes de uma intoxicação alimentar e é isso que eu, Dr. Adão, como médico e como pessoa desejo para você: que você fique livre de qualquer doença e tenha uma vida longa e feliz.