Depois de receber a autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para fornecer internet via satélite no Brasil, a Starlink, do bilionário Elon Musk, já definiu os preços dos planos que serão oferecidos no país. E os valores são bem acima em comparação à concorrência. A média ficará em torno de R$ 530 por mês, mas já é possível reservar uma rede de até 500 Mb/s por R$ 10 mil por ano, valor sem os impostos.
Alta velocidade
A expectativa é que os planos da Starlink estejam prontos para operarem no Brasil nos próximos anos, com a promessa de velocidades de download entre 150 e 500 Mbps e latência de 20-40 ms.
O serviço de internet da companhia será representado pela ‘Starlink Brazil Holding Ltda’ até o dia 28 de março de 2027. Para operar, ficou acordado que o serviço não pode causar interferências em outros sistemas de satélites não geoestacionários (Kepler, em banda Ku, e O3b, em banda Ka).
No site da Starlink, a companhia destaca que seus satélites avançados atuam em órbitas baixas e possibilitam chamadas, jogos on-line, streaming, vídeo e outras atividades de altos tráfegos de dados que, historicamente, não têm sido possíveis com internet via satélite. O serviço poderá ser amplamente útil no agronegócio, transformando-se em um parceiro potencial do 5G.
Custos elevados
No entanto, desfrutar de uma internet via satélite da Starlink não será tão popular quanto os demais planos das outras operadoras existentes no Brasil.
Além dos custos mensais, o cliente terá que desembolsar R$ 2.670 pelo equipamento que deve ser comprado separadamente para a conexão.
Há ainda o frete que deve ficar na faixa dos R$ 365 e uma taxa de importação, liberada quando o roteador estiver pronto para o envio.
Foco é no agronegócio
O objetivo de Elon Musk é comercializar a internet via satélite principalmente em áreas rurais brasileiras, aproveitando o bom momento do agronegócio e da expansão do 5G.
Com a tecnologia, é possível obter velocidade de conexão em regiões remotas, áreas em que a fibra óptica não consegue chegar.
Mas os custos altos são reconhecidos até mesmo pela Starlink como um possível obstáculo. Até nos Estados Unidos os planos são salgados: não saem por menos de US$ 500.
Constelação de satélites
O plano inicial da SpaceX é colocar em órbita uma nova “constelação” composta por 4.408 satélites para oferecer o sinal de internet via satélite por aqui.
Em baixa órbita, a 550 Km da Terra, os satélites das empresas de Elon Musk entraram com pedido de homologação em 2021, tendo o aval após encontro entre o bilionário e o ministro das Comunicações, Fábio Faria, em dezembro de 2021.
Fundada em 2015, a Starlink é um braço da SpaceX, que atua no turismo espacial. O projeto para oferecer internet via satélite em todas as regiões do planeta pretende colocar 42 mil satélites em órbita baixa, oferecendo planos para a população mundial.
Como os equipamentos se sintonizam em redes, o intuito é formar uma cobertura de quase 100% do globo terrestre, aumentando o potencial de inclusão digital e novos negócios.
Via Olhardigital