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Internacionalização – À espera de R$ 88 milhões

Fabiano Ribeiro

A internacionalização do Aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto, rende há anos discussões, debates e promessas em campanhas eleitorais. Em agosto de 2017, um capítulo principal desta novela foi escrito, mas não teve desfecho. Na ocasião, empresários e representan­tes políticos da cidade co­memoraram, em Brasília, a assinatura de um contrato de R$ 88 milhões para colo­car ponto final na história. Mas de lá para cá, o proces­so emperrou e o dinheiro não foi liberado. Agora, Go­verno Federal diz que verba ainda está disponível e Esta­do afirma que encaminhará documentação.

O convênio com a União foi possível na ocasião após ação do deputado federal Ba­leia Rossi (MDB) e previa in­vestimentos da União em tor­no de 90% do montante (R$ 79,2 milhões) e contrapartida do Estado no restante (R$ 8,8 milhões). Mas para que isso tivesse sequência seria neces­sário um projeto do Daesp – Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo para a Secretaria Nacional de Avia­ção Civil (SNAC). O Tribu­na apurou que o anteprojeto chegou a ser encaminhando em 2017, mas houve pedido de adequações por parte da SNAC, o que não ocorreu.

União afirma que verba ainda está disponível e aguarda projeto do Daesp. Departamento estadual diz que entregará documento em junho

Com o fim do gover­nos Michel Temer (MDB) e Geraldo Alckmin (PSDB), respectivamente em níveis nacional e estadual, e com trocas de comando em suas pastas, mesmo com a conti­nuidade do PSDB em âmbito paulista, surgiu a dúvida: Ri­beirão Preto perdeu a verba para a internacionalização?

Segundo a Secretaria de Aviação Civil do Ministério da Infraestrutura, não. Em nota, a pasta informou que “aguarda o envio do projeto pelo Daesp, operador do Lei­te Lopes, para que possa ser analisado e somente após a aprovação do projeto é que poderá ser autorizado o iní­cio da licitação para as obras. Os recursos da União previs­tos para o projeto são no va­lor de R$ 79,92 milhões”.

O Daesp informou nesta sexta-feira (24), por meio de nota, que o projeto para am­pliação e melhorias da infra­estrutura no aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto, está em fase final de elabo­ração no departamento “e será entregue à Secretaria de Aviação Civil (SNAC) já no mês de junho”.

Informou ainda que o Aeroporto Leite Lopes está habilitado desde 2002 para o tráfego internacional de car­ga aérea.

Em meio a essa indefini­ção outro cenário se apresen­ta: o da privatização do Leite Lopes.

Pistas foram reformadas e entregues
Paralela à novela dos R$ 88 milhões para a internacionaliza­ção do Leite Lopes, o Daesp abriu, no ano passado, licitação para reforma das pistas do aeroporto de Ribeirão Preto. A entrega aconteceu no final de abril passado. Os investimentos foram de aproximadamente R$ 4 milhões por parte do Governo do Estado. Além desses serviços, o sa­guão passou recentemente por uma revitalização com pintura, limpeza e ajustes nos banheiros. O projeto faz parte do plano para desestatização do Leite Lopes. As obras incluem implantação da área de giro das aeronaves – turn pad – nas cabeceiras 18 e 36, além de acostamentos nas pistas de taxiamento e reforço estrutural no acesso ao pátio das aeronaves. De acordo com o Departamen­to, as adequações melhoram as operações e potencializam as condições para receber aeronaves de maior envergadura com mais segurança aos passageiros e às empresas aéreas. Além destas, foram feitos, ainda, reparos no pavimento asfál­tico e a revitalização das sinalizações diurnas e noturnas dos sistemas de pista.

Melhorias no acanhado saguão de embarque do Leite Lopes

Desestatização começa nesta semana
O Tribuna informou em reportagem publicada nesta sexta-feira (24) que as visitas técnicas vi­sando o processo de desestatização do Aeropor­to Leite Lopes começam nesta semana, no dia 31 de maio. Executivos e técnicos da IOS Part­ners, consultoria internacional contratada para fazer os estudos que vão definir a modelagem de desestatização. Há possibilidades de privatiza­ção, concessão ou Parceria Público-Privada. Estão previstas inspeções da estrutura física, sistemas, procedimentos e espaço aéreo. Serão analisadas também as vocações de cada cidade, com informações sobre o perfil da população e o potencial econômico e turístico das regiões. A previsão é que os estudos estejam concluídos em três ou quatro meses. No total, o plano de trabalho apresentado pela IOS Partners tem cinco fases com tarefas que vão desde a realização da análise de mercado, de processos legais, projeções de demanda, estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental, além da interface com investidores, apoio no processo licitatório e promoção dos aeroportos.

Aeroporto poderá ser privatizado pelo governo de João Dória

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