Tribuna Ribeirão
Economia

INSS vai cortar R$ 5 bi em benefícios

Devem fazer a prova de vida quem recebe benefícios como aposentadorias, pensões por morte e benefícios por incapacidade (Foto Ag.Br.)

Até o final do ano, mais de R$ 5 bilhões gastos em benefícios da Previdência Social deverão ser cortados por causa de irregularida­des, que estão em apuração no Ministério da Transpa­rência e Controladoria-Ge­ral da União (CGU).O corte segue o trabalho de revisão feito pelo Comitê de Moni­toramento e Avaliação de Políticas Públicas Federais (CMAP), criado em abril de 2016 com a portaria intermi­nisterial nº 102, e formado por técnicos e dirigentes da CGU e dos ministérios do Planejamento, da Fazenda e da Casa Civil.

Conforme o secretário fe­deral de Controle Interno da CGU, Antônio Carlos Bezer­ra Leonel, ainda não é conhe­cido o número de pessoas que perderão os benefícios por causa de fraude. A CGU não divulgou quais irregularida­des estão em apuração.Na terça-feira, 24 de julho, o go­verno anunciou a suspensão de 341.746 auxílios-doença e 108.512 aposentadorias por invalidez, que totalizam R$ 9,6 bilhões no pagamento de auxílios-doença acumulado entre o segundo semestre de 2016 e 30 de junho de 2018. Até o fim do ano, serão revi­sados 552.998 auxílios-doen­ça e 1.004.886 aposentadorias por invalidez.

Bolsa Família
Além de benefícios pre­videnciários, o CMAP revi­sou os benefícios pagos pelo programa Bolsa Família. Em dois anos, 5,2 milhões de fa­mílias foram excluídas, e ou­tras 4,8 milhões entraram no programa.“No caso do PBF [Bolsa Família] não há pro­priamente uma economia de recursos, mas a focalização do programa”, assinala o mi­nistro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame.

Segundo ele, a exclusão de pessoas recebendo bene­fícios de forma irregular per­mitiu manter zerada a fila de espera de novos cadastrados no programa.Os anúncios de corte de benefícios sociais e previdenciários são rece­bidos com cautela pela so­ciedade civil. Lylia Rojas, do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), argumenta que falta à medida “trans­parência necessária” e que há casos de pessoas que tem o benefício indevidamente cortado e depois recuperam o direito na Justiça, geran­do mais gastos ao erário. Para o diretor-executivo da Transparência Brasil (ONG), Manoel Galdino, as fraudes ocorrem porque “o governo é desorganizado” e não man­têm a base dos cadastros ele­trônicos interligados – o que dificulta cruzamentos, e não divulga informações sobre envolvidos e a abertura de processos. Para Gil Castelo Branco, do site Contas Aber­tas, “é preciso que seja feito regularmente um trabalho de inteligência para evitar que as fraudes cheguem às atuais proporções”.

De acordo com ele, “onde há benefício há alguém ten­tando se favorecer ilegalmen­te”. Em resposta às críticas, o Secretário Federal de Con­trole Interno da CGU, An­tônio Carlos Bezerra Leonel, afirma que “o corte de benefí­cios irregulares é na casa dos milhões e que os recursos judiciais são na casa dos mi­lhares”. De acordo com ele, o Comitê de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públi­cas Federais está investindo em tecnologia de informação para melhorar o cruzamento de dados cadastrais e regis­tros administrativos.

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