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INSS diz que vai adiantar a primeira parcela do 13º

Devem fazer a prova de vida quem recebe benefícios como aposentadorias, pensões por morte e benefícios por incapacidade (Foto Ag.Br.)

Para tentar injetar fôlego à economia brasileira em um momento de avanço do novo coronavírus no Brasil, o gover­no decidiu antecipar a primeira metade do 13º de aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e vai propor a re­dução dos juros e a ampliação de margem e prazo para emprésti­mos consignados desses bene­ficiários. A equipe econômica também avalia liberar uma nova rodada de saque imediato aos cotistas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

As medidas foram discuti­das no âmbito de um comitê de monitoramento instituído pelo Ministério da Economia para avaliar os impactos econômicos da pandemia no Brasil. O grupo é constituído por representantes das oito secretarias especiais da pasta e será coordenado pelo secretá­rio-executivo, Marcelo Guaranys. Segundo o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, a primeira parcela do 13º dos aposentados e pensio­nistas do INSS será paga entre o fim de março e o início de abril.

A expectativa é de que sejam injetados R$ 23 bilhões na eco­nomia com essa antecipação. A pasta também vai propor na semana que vem ao Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) a redução do limite de taxa de juros para emprésti­mos consignados em folha de pagamento dos beneficiários do INSS. Em outra frente, uma proposta será enviada ao Con­gresso Nacional para ampliar a margem do salário que pode ser comprometida com a parcela do financiamento.

Hoje essa margem é de 30% em caso de empréstimo e 5% para cartão de crédito. O prazo de pagamento também deve aumentar, mas o secretário não detalhou os novos parâmetros. O secretário especial de Fazen­da, Waldery Rodrigues, admitiu que o grupo estuda uma nova liberação imediata de parte do FGTS para os trabalhadores. No ano passado, os cotistas pude­ram retirar R$ 500 de cada uma de suas contas – ou até um salá­rio mínimo caso o saldo estives­se dentro desse valor.

Rodrigues não disse qual valor poderá ser liberado, mas garantiu que a diretriz é preser­var a sustentabilidade do Fundo de Garantia, que serve de fonte de financiamento para crédito no setor imobiliário. O governo tam­bém confirmou que a prova de vida de beneficiários do INSS será suspensa por 120 dias, segundo o presidente do órgão, Leonardo Rolim. O procedimento é feito pelo beneficiário para mostrar que está vivo e deve continuar recebendo o benefício.

O secretário-executivo do Ministério da Economia infor­mou que a pasta também trabalha junto ao Ministério da Saúde para listar produtos médicos e hos­pitalares importados que terão redução de tarifa para garantir o abastecimento. O grupo de mo­nitoramento também vai agir para priorizar esses itens no de­sembaraço aduaneiro, para que eles consigam entrar no País mais rapidamente.

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