Tribuna Ribeirão
Economia

Informalidade chega a 41,6% no Brasil

ARQUIVO/AG.BR.

A informalidade no mer­cado de trabalho atingia 41,6% dos trabalhadores do país em 2019, ou 39,3 milhões de pes­soas. Entre pessoas ocupadas sem instrução ou com o ensi­no fundamental incompleto, a proporção de informais era de 62,4%, mas de apenas 21,9% entre aquelas com ensino supe­rior completo.

As informações constam da Síntese de Indicadores Sociais, divulgada nesta quinta-feira, 12 de novembro, pelo Instituto Bra­sileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A população preta ou parda (47,4%) estava mais in­serida em ocupações informais em todas as unidades da Federa­ção, quando comparada à popu­lação branca (34,5%).

As atividades que mais con­centraram pessoas em ocupa­ções informais, no ano passa­do, foram serviços domésticos (72,5%), agropecuária (67,2%) e construção (64,5%). Segundo o IBGE, desde 2014, em decor­rência do desaquecimento do mercado de trabalho, houve ampliação relativa das ocupa­ções informais, com destaque para transporte, armazenagem e correio, alojamento e alimen­tação e construção.

Em 2019, a proporção de tra­balhadores em ocupações infor­mais alcançou 61,6% na Região Norte e 56,9% no Nordeste. Por outro lado, as regiões Sudeste e Sul, apresentaram proporções de, respectivamente, 34,9% e 29,1%. Entre 2018 e 2019, a taxa de desocupação caiu de 12% para 11,7%. A pesquisa mostra, porém, que a proporção dos de­socupados há pelo menos dois anos subiu de 23,5% em 2017 para 27,5% em 2019.

A taxa de desocupação da população preta ou parda (13,6%) era maior do que a da população branca (9,2%), ainda que tivessem o mesmo nível es­colar: entre aqueles com ensino fundamental completo ou mé­dio incompleto, essa taxa era de 13,7% para brancos e de 18,4% para pretos e pardos.

Em 2019, a população ocu­pada de cor ou raça branca ga­nhava, em média, 69,3% mais do que a preta ou parda, e o ren­dimento dos homens era 12,7% maior que o das mulheres, con­siderando-se o mesmo número de horas trabalhadas.

No ano passado, a população subocupada alcançou a maior proporção na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua, chegando a 7,6% da população ocupada. Entre as pessoas ocu­padas, aquelas que trabalham menos que 40 horas semanais, querem e estão disponíveis para trabalhar mais horas são deno­minadas subocupadas por insu­ficiência de hora.

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