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Influenza já causou 30 mortes no estado 

Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto diz que aguarda a chegada das doses para definir o cronograma de imunização, o que deve ocorrer semana que vem  (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) antecipou o início da campanha de vacinação contra a gripe deste ano. A partir desta sexta-feira, 28 de março, com o envio de um milhão de doses aos 645 municípios paulistas, a imunização terá início pelos grupos prioritários, que incluem idosos com 60 anos ou mais, crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes, puérperas e pessoas com doenças crônicas.

“Estamos em uma época do ano onde diversos fatores contribuem para o aumento na transmissão do vírus da influenza, por isso, é fundamental reforçar que a população compareça aos postos para se imunizar contra a gripe, principalmente, os grupos mais sensíveis ao desenvolvimento da Síndrome Respiratória Aguda Grave”, diz Tatiana Lang, diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE)

A Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto diz que aguarda a chegada das doses para definir o cronograma de imunização, o que deve ocorrer semana que vem. Neste ano, até o dia 20 de março, foram registrados 393 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por influenza e 30 óbitos no Estado de São Paulo. Em todo o ano passado, foram 6.699 casos e 781 óbitos.

No dia 21, o Ministério da Saúde começou a distribuir 35 milhões de doses de vacinas contra a gripe para todos os estados das regiões Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Sudeste, até o final de abril. A primeira leva, de 5,4 milhões de doses, já chegou na sexta-feira, 21 de março.

Desse total, 1,3 milhão foram entregues ao estado de São Paulo. A previsão para o início da campanha de reforço da vacinação é em 7 de abril para todo o público-alvo. A estratégia será mantida ao longo do ano, indo além das campanhas sazonais e se integrando ao Calendário Nacional de Vacinação.

A meta é imunizar 90% dos chamados grupos prioritários (com estimativa de público-alvo em cerca de 50 milhões de brasileiros), que incluem crianças de 6 meses a menores de 6 anos, idosos, gestantes, puérperas, pessoas com doenças crônicas, pessoas com deficiência, profissionais de saúde e professores dos ensinos básico e superior, dentre outros.

A lista ainda traz povos indígenas; pessoas em situação de rua; profissionais das forças de segurança e de salvamento; das Forças Armadas; caminhoneiros; trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso); portuários; funcionários do sistema de privação de liberdade; e população privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas  (entre 12 e 21 anos). 

Apesar do início oficial da vacinação estar marcado para o dia 7 de abril, o Ministério da Saúde recomenda que estados e municípios iniciem a estratégia assim que receberam as doses do imunizante. Para a vacinação de 2025, a pasta adquiriu 73, 6 milhões de doses.

No primeiro semestre, está prevista a distribuição de 67,6 milhões doses para as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. No segundo semestre, serão distribuídas 5,9 milhões de doses para a Região Norte. O valor total do investimento é de R$ 1,3 bilhões, e o público-alvo é de 81,6 milhões de pessoas.

A partir deste ano, a vacina contra a influenza passa a ficar disponível em unidades básicas de saúde de forma permanente. A estratégia é não perder nenhuma oportunidade de vacinar pessoas que buscarem a dose. Os dias D nacionais de vacinação contra a influenza também serão retomados. A data, ainda será definida, mas deve acontecer em maio.

A possibilidade de ampliar a vacinação contra a influenza para o público em geral, segundo o ministro, não está descartada, mas ficará a critério de cada estado e município, levando em consideração o status de cobertura dos grupos prioritários. “A meta recomendada pela OMS [Organização Mundial da Saúde] é 90% [de cobertura vacinal para grupos prioritários]. Vamos perseguir isso”, diz o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Estudo realizado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA aponta que no Brasil, e em mais quatro países da América do Sul, a vacinação contra a influenza reduz em 35% o risco de hospitalização associada ao vírus entre grupos de alto risco. Para pessoas com comorbidades, a redução foi de 58,7%. Já para crianças pequenas e idosos a redução foi de 39% e 31,2% respectivamente.

A vacina contra influenza de 2025 conterá as seguintes cepas: H1N1, H3N2 e B. A administração pode ser feita junto a outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação. O imunizante é contraindicado para crianças menores de 6 meses e pessoas com histórico de anafilaxia grave após doses anteriores.  Em 2024, a cobertura vacinal do público prioritário foi 48,89% na região Norte e 55,19% nas demais regiões.

 

  

 

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