O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, fechou maio com alta de 0,83%, bem acima da deflação de 0,38% no mesmo mês de 2020 e também superior ao 0,31% registrado em abril deste ano.
A taxa do IPCA de maio é a maior para o mês desde 1996, quando a inflação subiu 1,22%, segundo dados divulgados nesta quarta-feira, 9 de junho, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indexador acumula taxas de 3,22% no ano e de 8,06% em doze meses.
O resultado de maio de 2021 fez a taxa de inflação em doze meses atingir o maior patamar desde setembro de 2016, quando estava em 8,48% – acelerou de 6,76% em abril para 8,06% no mês passado, ante uma meta central de 3,75% perseguida pelo Banco Central este ano, que tem margem de tolerância é de 1,5 ponto percentual (de 2,25% a 5,25%).
O IPCA em doze meses está, portanto, bem acima do teto da meta para este ano, que é de 5,25%. Os nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram inflação em maio. O destaque vai para habitação (1,78%) e transportes (1,15%).
Os itens que mais influenciaram esses grupos foram energia elétrica (5,37%), que passou para a bandeira tarifária vermelha patamar 1 no mês, e gasolina (2,87%). Outros grupos com taxas de inflação importantes foram saúde e cuidados pessoais (0,76%), alimentação e bebidas (0,44%) e artigos de residência (1,25%). Os demais variaram entre 0,06% (educação) e 0,92% (vestuário).
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo fechou o ano passado com avanço de 4,52%, também o maior desde 2016. O resultado ficou acima do centro da meta perseguida pelo Banco Central, de 4,0%, com margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos.
INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve elevação de 0,96% em maio, após um avanço de 0,38% em abril. Como resultado, o índice acumula uma elevação de 3,33% no ano. A taxa em doze meses ficou em 8,90%. Em maio de 2020, o INPC tinha sido de -0,25%. O INPC mede a variação dos preços para as famílias com renda de um a cinco salários mínimos (de R$ 1.100 a R$ 5.500) e chefiadas por assalariados.
Sinapi
O Índice Nacional da Construção Civil (INCC/Sinapi) subiu 1,78% em maio, após um avanço de 1,87% em abril. No ano, o índice acumulado é de 8,71%. A taxa acumulada em doze meses foi de 18,18%. De acordo com o IBGE, o custo nacional da construção passou de R$ 1.363,41 por metro quadrado em abril para R$ 1.387,73 por metro quadrado em maio. A parcela dos materiais teve elevação de 2,66%, enquanto o custo da mão de obra subiu 0,58%.