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Inflação recua para 0,13% em setembro

Com o resultado anunciado nesta quarta-feira, 25 de setembro, IPCA-1 5 acumula alta de 4,12% em doze meses e de 3,15% no ano  

Aumento de 0,84% na energia elétrica residencial exerceu a maior pressão sobre o IPCA-15 de setembro: subitem respondeu por contribuição de 0,03 p.p.  (Pixabay)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 – prévia da inflação oficial no país – desacelerou de 0,19% em agosto para 0,13% em setembro, após altas de 0,30% em julho, de 0,39% em junho, de 0,44% em maio, 0,21% em abril e de 0,36% em março. Antes, disparou 0,78% em fevereiro, ante elevação de 0,31% em janeiro e avanço de 0,40% em dezembro de 2023.

A última deflação ocorreu em julho do ano passado, de 0,07%. Em setembro do ano passado, estava em 0,39% Com o resultado, o IPCA-15 registrou um aumento de 3,15% no acumulado do ano, ante 3,02% até agosto, 2,82% até julho, 2,52% até junho, 2,12% até maio, 1,67% até abril, 1,46% até março e 1,09% até fevereiro.

Em doze meses, a taxa caiu pela segunda vez seguida, de 4,35% até agosto para 4,12%. Era de 4,45% até julho, 4,06% até junho, de 3,70% até maio, de 3,77% até abril, de 4,14% até março e de 4,49% até fevereiro.  Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 25 de setembro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A alta mensal de 0,13% foi a mais branda desde julho de 2023, quando havia recuado 0,07%. Levando em consideração apenas meses de setembro, o resultado foi o mais baixo desde 2022, quando houve queda de 0,37%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 

Itens – O aumento de 0,84% na energia elétrica residencial exerceu a maior pressão sobre o IPCA-15 de setembro. O subitem respondeu por uma contribuição de 0,03 ponto percentual para a taxa de 0,13%. Também figuraram no ranking de maiores pressões os itens mamão (alta de 30,02% e impacto de 0,03 p.p.), passagem aérea (4,51% e 0,03 p.p.), plano de saúde (0,58% e 0,02 ponto) e hospedagem (2,61% e 0,02 p.p.).,

Na direção oposta, a cebola foi o item de maior influência negativa sobre a inflação de setembro, com queda de 21,88% e contribuição de -0,05 ponto percentual. Outros itens no ranking de maiores alívios foram batata-inglesa (queda de 13,45% e impacto de -0,04 ponto percentual), gasolina (-0,66% e -0,03 p.p.), cinema, teatro e concertos (-5,77% e -0,03 p.p.), tomate (-10,70% e -0,02 p.p.) e seguro voluntário de veículo (-2,53% e -0,02 p.p.).

Grupos – Dois dos nove grupos de produtos e serviços que integram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 registraram quedas de preços em setembro. Houve deflação apenas em Transportes, recuo de 0,08%, uma contribuição negativa de -0,02 ponto percentual para o IPCA-15, e Despesas pessoais, queda de 0,04% e impacto zero na variação do índice.

Os grupos com aumentos foram Alimentação e bebidas (0,05%, impacto de 0,01 ponto percentual), Habitação (0,50%, impacto de 0,08 p.p.), Educação (0,05%, impacto zero), Artigos de residência (0,17%, impacto de 0,01 p.p.), Saúde e cuidados pessoais (0,32%, impacto de 0,04 p.p.), Vestuário (0,12%, impacto de 0,01 p.p.) e Comunicação (0,07%, impacto zero).

IPCA cheio – A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – indexador oficial – despencou de 0,38% em julho para deflação de 0,02% em agosto. A taxa acumulada pela inflação no ano está em 2,85%, ante 2,87% até julho.

Como consequência, o índice em doze meses desacelerou após três altas seguidas. Recuou de 4,50% em julho para 4,24% em agosto. A meta de inflação perseguida pelo Banco Central em 2024 é de 3,0%, com teto de tolerância de 4,50%.
A inflação por grupos
Alimentação – Os preços de Alimentação e bebidas aumentaram 0,05% em setembro, após queda de 0,80% em agosto. O grupo deu uma contribuição positiva de 0,01 ponto percentual para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 – prévia da inflação oficial no país.

A alimentação no domicílio teve queda de 0,01% em setembro, após ter recuado 1,30% no mês anterior. A alimentação fora do domicílio subiu 0,22%, ante alta de 0,49% em agosto, segundo o IPCA-15. O lanche avançou 0,20%, após aumento de 0,76% no mês anterior.

A cebola ficou 21,88% mais barata em setembro, liderando o ranking de alívios sobre a inflação medida pelo IPCA-15 no mês. O item deu um alívio de 0,05 ponto percentual para a taxa de 0,13%. As famílias também pagaram menos em setembro pela batata-inglesa.

A queda foi de 13,45%, contribuição negativa de 0,04 ponto percentual para a inflação, e tomate, recuo de 10,70% e alívio de 0,02 ponto percentual. Por outro lado, houve aumentos em setembro nos preços do mamão (30,02%), banana-prata (7,29%) e café moído (3,32%).

Transportes – Os preços de Transportes caíram 0,08% em setembro, após alta de 0,83% em agosto. O grupo deu uma contribuição negativa de 0,02 ponto percentual para o IPCA-15. Os preços de combustíveis tiveram queda de 0,64% em setembro, após avanço de 3,47% no mês anterior. A gasolina caiu 0,66%, após ter registrado alta de 3,33% em agosto, enquanto o etanol recuou 1,22% nesta leitura, após alta de 5,81% na última.

Habitação – Os gastos das famílias brasileiras com Habitação passaram de elevação de 0,18% em agosto para aumento de 0,50% em setembro, uma contribuição positiva de 0,08 ponto percentual para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 deste mês.

A energia elétrica residencial passou de um recuo de 0,42% em agosto para uma alta de 0,84% em setembro. O movimento foi impulsionado pela entrada em vigor da bandeira tarifária vermelha patamar 1, a partir de 1º de setembro. A energia elétrica liderou o ranking de pressões sobre o IPCA-15, com uma contribuição de 0,03 ponto percentual.

Saúde –  Os gastos das famílias brasileiras com Saúde e cuidados pessoais passaram de elevação de 0,27% em agosto para alta de 0,32% em setembro, contribuição positiva de 0,04 ponto percentual. O avanço foi pressionado pela alta de 0,58% nos planos de saúde. O subitem exerceu a quarta maior pressão individual sobre a inflação do mês, uma contribuição de 0,02 ponto percentual para o IPCA-15. 

 

 

 

 

 

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