Tribuna Ribeirão
Economia

Inflação para idosos fecha 2018 em 4,75%

ARQUIVO AG.BR.

O Índice de Preços ao Con­sumidor da Terceira Idade (IP­C-3i), que mede a variação da cesta de consumo de famílias compostas em sua maior parte por indivíduos com mais de 60 anos de idade, apresentou varia­ção de 0,80% no quarto trimes­tre de 2018, totalizando no ano aumento de 4,75%. O resultado, divulgado nesta segunda-feira, 14 de janeiro, pelo Instituto Bra­sileiro de Economia da Funda­ção Getulio Vargas (Ibre-FGV), superou a inflação acumulada em 2018 pelo Índice de Preços ao Consumidor Brasil (IPC-BR) de 4,32%.

O coordenador do IPC do Ibre, André Braz, diz que os maiores aumentos no ano pas­sado para a terceira idade foram registrados nas áreas de saúde e cuidados pessoais (6,63%) e ali­mentação (5,88%). Dentro da despesa saúde e cuidados pesso­ais, as maiores influências de alta foram observadas em planos de saúde (10,07%), médicos e den­tistas (9,74%) e medicamentos (3,92%).

No grupo alimentação, An­dré Braz informou que os ali­mentos in natura, que no quarto trimestre de 2017 subiram ape­nas 0,29%, no ano passado apre­sentaram elevação de 35,9%. Destaque para hortaliças e legu­mes (35,85%) e frutas (10,53%). Em relação a frutas, o coorde­nador do IPC do Ibre informou que em 2017 houve queda de 17,02%. “A parte in natura pres­sionou bastante. A gente sabe que na terceira idade [alimen­tos] in natura são importantes”.

Expectativas
André Braz diz que na pas­sagem do quarto trimestre de 2018 para o primeiro trimestre de 2019, a expectativa é que o IPC-3i talvez não supere o IP­C-BR porque os desafios nos três primeiros meses do ano são mais sentidos pela camada da população mais jovem, influen­ciados por aumentos previstos para educação formal.

Braz observa, entretanto, que cursos formais têm peso também para a terceira idade, embora menor, porque os ido­sos podem pagar cursos para sua própria atualização ou fazer despesas desse tipo para outras pessoas da família, como filhos e netos, por exemplo. “Mas o peso é muito menor”, ressaltou. “Esses aumentos vão pressionar mais a inflação do índice tradicional [IPC-BR] do que da terceira idade [IPC-3i]”. O economista salienta que os aumentos dos transportes públicos urbanos, como trens, barcas, ônibus, têm impacto menor no IPC-3i, por­que o idoso tem gratuidade nes­ses modais.

“O transporte público tem peso para a terceira idade, sim, mas ele é menor”, confirma Braz. Segundo o economista do Ibre, as chances de ter um IPC-3i mais baixo em 2019 são grandes, porque as pressões in­flacionárias neste primeiro tri­mestre têm mais peso no orça­mento das famílias mais jovens. Ele acredita que, para o ano em curso, o IPC-3i pode ficar mais próximo do IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Se­manal), que acumulou alta de 4,32% em 2018. “A ideia é que em 2019 a gente tenha uma in­flação abaixo da meta de 4,25% tanto para o IPC-S como para o IPC da terceira idade”.

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