Tribuna Ribeirão
Economia

Inflação oficial fecha em 1,16%

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indexador oficial de preços no Brasil, fechou setembro com alta de 1,16%, ante um avanço de 0,87% em agosto, informou nesta sexta-feira, 8 de outubro, o Instituto Brasileiro de Geo­grafia e Estatística (IBGE). A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 6,90%, segun­do o IBGE. Em doze meses, o resultado está em 10,25%.

A alta de 1,16% registrada pelo Índice Nacional de Pre­ços ao Consumidor Amplo em setembro foi o maior resultado para o mês desde 1994, ano de implementação do Plano Real, quando subiu 1,53%, diz o IBGE. A inflação em doze meses atingiu o maior patamar desde fevereiro de 2016, quan­do estava em 10,36%.

Em setembro de 2020, o IPCA ficou em 0,64%. Como consequência, a taxa acumulada pelo IPCA em doze meses ace­lerou de 9,68% em agosto para 10,25% em setembro, ante uma meta central de 3,75% persegui­da pelo Banco Central este ano.

A inflação está acima do teto da meta para este ano, que seria de 5,25%%, com margem de to­lerância de 1,5 ponto para mais ou para menos. O IPCA fechou o ano passado com avanço de 4,52%, também o maior desde 2016. O resultado ficou acima do centro da meta perseguida pelo BC, de 4,0%, com mar­gem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos.

No mês de setembro, houve alta de preços em oito dos nove grupos que integram o IPCA. A única deflação ocorreu em Educação (-0,01%). As famí­lias gastaram mais com Ali­mentação e bebidas (1,02%), Habitação (2,56%), Artigos de residência (0,90%), Vestuário (0,31%), Transportes (1,82%), Despesas pessoais (0,56%), Comunicação (0,07%) e Saúde e cuidados pessoais (0,39%).

Segundo o instituto, todas as 16 áreas pesquisadas apre­sentaram altas de preços em setembro. O índice de difusão do IPCA, que mostra o per­centual de itens com aumentos de preços, passou de 72% em agosto para 65% em setembro, segundo o IBGE. A difusão de itens alimentícios saiu de 72,02% em agosto para 64% em setembro, enquanto a di­fusão de itens não alimentícios passou de 71,77% para 66%.

INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve elevação de 1,20% em setem­bro, após um avanço de 0,88% em agosto, segundo dados di­vulgados nesta sexta-feira pelo IBGE. Com o resultado, o índice acumula uma elevação de 7,21% no ano. A taxa em doze meses fi­cou em 10,78%. Em setembro de 2020, o INPC tinha sido de 0,87%. O INPC mede a variação dos pre­ços para as famílias com renda de um a cinco salários mínimos (entre R$ 1.100 e R$ 5.500) e chefiadas por assalariados.

Construção
Índice Nacional da Cons­trução Civil (INCC/Sinapi), também divulgado ontem pelo IBGE, subiu 0,88% em setem­bro. O resultado sucede um avanço de 0,99% em agosto. No ano, o índice acumulado é de 15,62%. A taxa acumulada em doze meses está em 22,06%. O custo nacional da construção passou de R$ 1.463,11 em agosto para R$ 1.475,96 em setembro. A parcela dos materiais teve ele­vação de 1,21%, enquanto o cus­to da mão de obra subiu 0,40%.

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